Arte e Cultura

O 1º GRANDE MOV. SOCIAL SEM A “ESQUERDA ORGANIZADA”!

(Luta social não precisa de muletas...e se defende das mutretas)

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Gentileza
“Alguém aí ainda tem dúvidas?”

NOTA: nunca um ataque direto do CAPITAL ao interesse público e da UFRJ ficou tão evidente! Nunca, também, se viu uma paralisia tão grande de grupos, partidos (até entidades?) em tomar uma iniciativa qualquer para fazer barrar o processo. Todos são bem vindos ao movimento e eu mesmo, pessoalmente, tenho tentado instá-los à participação. A desculpa que vem sendo repetida para justificar  a INAÇÃO: “Não temos informações suficientes para tomar posição” já envelheceu e quem a repete entrou em processo de ENVILECIMENTO. A rigor, confessam: aceitar o COMANDO da Reitoria…ou da VICE-REITORIA e também a sua própria e total INCAPACIDADE para o exercício da POLÍTICA propriamente dita, aquela que não fica PASSIVA; que toma iniciativas e antecipa o resguardo do interesse público. Serão cobrados por sua inação.

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Há algo de novo no ar! E não vejo nisso motivo para comemorar…por enquanto, pelo menos. Logo…logo… entretanto deverá nascer, da luta contra o projeto “BOTA ABAIXO-UFRJ”, algo bastante novo na história recente do Brasil: um MÉTODO totalmente novo (entre nós, pelo menos) de fazer POLÍTICA….a boa POLÍTICA, surgida de um movimento dos mais interessados (por que não?) e definida assim: “A arte de discutir, encaminhar e resolver COLETIVAMENTE os problemas da POLIS”. O resto é “balcão de negócios”, manipulação, carreirismo, etc. Antes que me acusem de ser “contra partidos”, em geral, digo que reconheço serem eles imprescindíveis em todo processo da política: uma forma de organizar partes da população cujos membros têm visões e interesses próximos e compartilháveis. Eu mesmo arrisquei escrever um “IDEÁRIO PARA UM PARTIDO VOLTADO AOS INTERESSES SOCIAIS E RESPEITANDO A DEMOCRACIA” que deverei publicar. Quem sabe será o “partido do eu sozinho”, a exemplo do criador de um “bloco” com o nome?

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OS MUITO VÍCIOS DAS ARTICULAÇÕES  PELO PODER

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Se há algo que tem infernizado as lutas sociais, entre nós e certamente mundo afora, é a sensação de, quando das discussões públicas, estar ocorrendo ali um movimento de várias “camadas”, de forma quase autônoma; um “jogo de cartas marcadas”. Pessoas se transformando em “figurinhas carimbadas”*: grupos que se reúnem antes, tomam decisões fechadas a serem repetidas por todos os seus participantes (com mais ou menos rigidez) em seus discursos para as “massas”. Esta palavra, aliás, deveria envergonhar a todos aqueles que acreditam nas pessoas, no seu exercício da crítica e individualidade. Não há qualquer problema em que se façam reuniões prévias de grupos com maior afinidade de ideias. Desde que mantida a flexibilidade e respeitada a individualidade crítica. Isso só pode ajudar a aprofundar discussões. Perigosas mesmo são as “articulações” que disso resultam e que reconheço quase inevitáveis. Mas elas se tornam, muito facilmente, matrizes da tomada e exercício do poder a qualquer preço e ao arrepio de PRINCÍPIOS.

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E QUE NOVO MÉTODO SERIA ESSE?! TOTAL TRANSPARÊNCIA

Mas a total transparência nos procedimentos só pode se dar quando a AUTONOMIA de pensamento e crítica é plena; quando não pairam dúvidas quanto à possibilidade de que estejamos discutindo “PRATOS FEITOS” preparados em outros meios e apenas requentados; quando temos a certeza de não estar aprisionados a códigos e referências EXTERNAS ao próprio interesse das pessoas atingidas por algum poder contra o qual se levantaram. Os partidos podem e devem ser bem vindos no processo, especialmente quando aprofundam certos estudos, dando dimensão maior a um problema aparentemente local. E essa mobilização e transparência estão se dando no movimento que vem empolgando várias das unidades do CAMPUS PV. Cada vez fica mais claro: o VETOR em defesa da UFRJ—sua História, Pesquisa, Ensino e Extensão e daqueles que a nós recorrem— está passando por aqui. Mais do que isso, essa defesa é também do maior interesse de nossa cidade e talvez do Brasil. ESTEJAMOS À ALTURA DA TAREFA que a vida nos impõe.

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ESQUERDAS: MESMO MAL DOS QUE VOTARAM NO FASCISMO?

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Há 2 maneiras de lidar com a VERGONHA diante de condutas que teriam violentado seus próprios PRINCÍPIOS: 1- sofrer amargamente durante uma reflexão profunda e superar o problema com uma autocrítica; 2- fugir a essa dor através de contorcionismos que não convencem a ninguém; ESCONDER-SE ainda mais e seguir aprofundando o abismo no qual haverão de cair, inevitavelmente. O mais curioso é que, nesse processo (do projeto “BOTA ABAIXO-UFRJ”), muitos colegas que se dizem “de esquerda” estejam agindo como os que elegeram (de alguma forma e sem muita convicção) o proto fascismo. Hoje, depois do vexame generalizado, escondem sua vergonha, como se não tivessem “nada a ver com isso”. Bem…esses têm, pelo menos, o consolo de perguntar: “Mas você acha que eu ia votar no PT?”. E dessa luta…até o PT parece estar de fora.

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*Que venham para a luta e exerçam a hegemonia que sua capacidade e clareza permitir…desde que reconhecida pelas maiorias.

Vice- Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ