Arte e Cultura

RENAN “AVACALHEIROS”: BRASIL “ÜBER ALLES”!

(DEFINITIVAMENTE, O PATRIOTISMO É O ÚLTIMO REDUTO DOS CANALHAS)

Márcio Amaral

"DEUTSCHELAND! DEUTSCHELAND ÜBER ALLES"

Renan brindou o país com uma versão bem tupiniquin do lema que se tornou uma espécie de senha para a Segunda Grande Guerra, para a “solução final” e muitos milhões mortes: DEUTSCHLAND ÜBER ALLES” (Alemanha Acima de Tudo). Nesse “ACIMA DE TUDO”, poderíamos incluir: da justiça, da ética, da solidariedade, do amor ao próximo e até daquele que estaria na base de toda a moral, o amor materno. Pois não é que os Nazistas violentaram até mesmo essa forma de amor, submetendo-o ao “interesse nacional” com as suas mães do Estado!?

Mas Renan foi bem mais explícito! No caso alemão, tudo aquilo precisava ser inferido. Renam não, disse tudo: “Queria lembrar ao sen. Capiberibe que a ética não é o objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil e o interesse nacional. A Ética é o meio, não o fim. A ética é obrigação de todos nós…” (e basta). Teria sido Stanley Kubrick quem cunhou uma das mais claras e duras sentenças para definir bem esses casos: “O PATRIOTISMO É O ÚLTIMO REDUTO DOS CANALHAS!”? O patriotismo e todos esses falsos nacionalismos que apregoam o interesse nacional, mas somente visam interesses de pequenos grupos de criminosos que se protegem bem, enganando as pessoas comuns, que têm medo de ser acusadas de não nacionalistas.

Tentando evitar discorrer sobre Kant e a moral através dos tempos, basta lembrar que ética e moral não são meramente obrigações a aprender e decorar, a partir de um código qualquer de “obrigações”. Trazem, na sua origem, a preocupação com os outros e com a sociedade, em geral. Diga-se de passagem, essa foi, também, a inspiração da POLIS GREGA ao engendrar a POLÍTICA. Ah! E como essa palavra vem sendo vilipendiada! Evitemos falar nela quando nos dirigirmos ao que hoje predomina no Senado Federal. O que andam fazendo por lá é mera “politicagem”. E como ela chegou ao paroxismo, reunindo em torno de si toda a escória que transformou a “Câmara Alta” na mais baixa de todas as câmaras! No senado, Renan é “AVACALHEIROS”! Aquilo lá está entregue à ralé dos mercadores incapazes de qualquer atividade produtiva. Renan conseguiu ser o centro de convergência entre Dirceu a Collor, passando por alguns senadores do PSDB, é claro. Mas, ainda assim, é melhor do que qualquer ditadura, assinalemos bem! AH! Quem se lembra de que Renan foi MIN. DA JUSTIÇA de FHC? Da JUSTIÇA, vejam bem! E quando da aprovação da sua REELEIÇÃO! E Renan já era…Renan!

UMA PROCURADORIA CASUISTA E “GLOBAL”?

Para que lado podem olhar os cidadãos de boa vontade? De onde esperar uma atitude inspirada em PRINCÍPIOS, por parte de alguma autoridade pública? Não, certamente, da parte do Procurador Geral da República e, muito menos, da GMíd. A acusação contra Renan estava “congelada” há mais 5 anos, quando, de repente e como que fazendo parte de uma “tática GLOBAL”, foi “requentada” em tempo recorde (microondas?). Bastou ele revelar intenção de voltar a presidir o Senado para que o mundo, de novo, desabasse sobre sua cabeça. A Justiça agora funciona na base da chantagem? Dessa vez, a “mulher de Cesar” deixou mesmo a forte impressão de não ser honesta. Os métodos aplicados fazem pensar que, desse lado, a Ética também anda sendo tratada como meio para certos fins não confessáveis. Corria, e corre—e não mais a boca pequena—que a candidatura de Renan tinha como objetivo “enquadrar” a GMídia. Com essas táticas, e com essas alianças junto às autoridades da Justiça, quem pode duvidar da necessidade de que seja aprovado algum marco regulatório para a imprensa? De preferência, sem casuísmos, é claro.

Há, entretanto, pelo menos uma autoridade falando em PRINCÍPIOS e atuando a partir deles: o Pres. da Assoc. Nacional de Delegados da PF, Marcos Leôncio Ribeiro. Explicando as razões da PF para tentar fazer aprovar a PEC que limita e regulamenta as Ações investigativas do MP, falou exatamente nos casuísmos dessas investigações (visando atender a certos interesses específicos), mas também nas ligações oportunistas do MP com a PM de SP e com a P. Rodoviária. É o MP que tem afastado a PF de “algumas investigações”. O gosto pelo teatral parece ser mesmo da índole do MP. Quando um Juíz se transforma em uma estrela, alguma coisa está errada.

Em seu relato de um dos mais importantes julgamentos públicos de toda a história (“Eichmann em Jerusalém”), H. Arendt, depois de reportar a teatralidade da Promotoria, disse : “…A Justiça não admite coisas desse tipo (atos teatrais). Ela exige isolamento; mais tristeza do que raiva e pede mais cautelosa abstinência, diante dos prazeres de estar sob a luz dos refletores”. Um pouco antes, dissera: “Desde o princípio, não havia dúvida de que era o juiz Moshe Landau quem dava o tom, e de que estava fazendo o máximo do máximo para evitar que esse julgamento se transformasse em um espetáculo por obra da paixão do promotor pela teatralidade.”. Reportou ainda a “…notável independência (dos juízes)diante da opinião pública de Israel”! Quem pode dizer o mesmo dos julgamentos que presenciamos pelo STF? Havia, por ali, mais de um promotor ávido por publicidade e vingança. É mesmo difícil de resistir ao poder de sedução da GMíd!

MERVAL, A JUSTIÇA E AS AVES DE MAU AGOURO

 Cada vez mais, tenho aprendido a resgatar e cultivar minhas primeiras impressões. Quando vi a foto da capa do livro de Merval Pereira—esse porta-voz da organização “Diários da América” (e suas corporações ligadas a Wall Street)—, com aquela capa preta totalmente impessoal, a impressão foi fortíssima: era uma ave de mau agouro! Não! Não estou acusando os juízes, “apenas” me referindo ao uso que deles tem sido feito por gente que quer desestabilizar nosso governo e suas políticas de defesa do nosso mercado contra a especulação desenfreada. Essa é a razão pela qual, apesar de tudo, deverei apoiar Dilma em próximas eleições. O Brasil está sob ataque e a Justiça tem sido um instrumento não muito imparcial nessa luta.

BRASIL SOB ATAQUE: QUEM SÃO AS AVES DE MAU AGOURO

Em seu EDITORIAL de 01/02/13 (“México ameaça desbancar o Brasil”) OGlobo deixou completamente clara sua “não aposta” no Brasil. Depois de reportar as agruras do México nos últimos anos e as vantagens brasileiras (“por obra do Real e de FHC”, é claro), terminaram por dizer: “Agora, por uma trapaça das conjunturas históricas dos dois países, as situações se invertem”. Considerando que a HISTÓRIA não aplica TRAPAÇAS, antes revela as trapaças e a jogatina dos manipuladores em geral, especialmente dos bancos e demais corporações, deve haver aí alguma confissão. ESSE EDITORIAL FOI UMA TRAPAÇA, e mais semelha mais uma peça de má ficção:“Piñera Neto é como se fosse um FHC em 1995, sem um PT para mover-lhe uma dura oposição”Há muito tempo não leio coisa tão ridícula neste jornal que parece ter perdido o senso da crítica.

Citando o FTimes: “O Tigre Asteca que sai ‘da sombra’ do Brasil”, OGLOBO deixou evidente ter aprendido a velha lição inglesa: “DIVIDIR PARA REINAR”. Quando foi que o México esteve à sombra do Brasil? Acho que eles erraram de “sombra”: “Pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos EUA!”. O México parece ser mesmo a “última aposta dos trapaceiros”. “Perderam” todos os países mais importantes da região: Brasil, Venezuela, Argentina e suas alianças com a Colômbia não são mais as mesmas. Por isso, estão investindo todas as suas fichas (como todo bom trapaceiro) numa improvável derrota de Dilma, nem que, para isso, precisem investir contra o país que os alimenta. Atacaram Dilma de todas as formas, até que o “espectro LULA” se levantou novamente. Então, começaram a achar que tudo poderia ser ainda pior. Agora não sabem mais o que fazer. Seu jogo é tão ridículo quando a gente dele se dá conta! TODO CUIDADO É POUCO COM AS MANIPULAÇÕES DESSA GENTE QUE DOMINA A GMID.

Nunca estivemos tão mal em relação aos políticos e à GMid, mas a juventude tem se libertado progressivamente desse jogo. Novos políticos haverão de vir. Quem sabe se inspirados nessa juventude!?

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*Era um debate na Globo News, com um Promotor. E como esse promotor se viu sem argumentos para lidar com o preparo e com as muitas verdades do Delegado! Quando este estava ilustrando suas teses com um exemplo, M. Leitão o interrompeu, tentando, evidentemente, calar sua voz. Foi o telepronto, preocupado com possíveis citações de nomes e futuras Ações na Justiça? Ou foi para atrapalhar mesmo alguém que estava derrotando as teses defendidas ferrenhamente pela GLOBO? Eu, que tendia a ser contrário à PEC, hoje sei que havia formado opinião a partir de cobertura viciada da imprensa.

O ESPECTRO LULA ASSUSTA DE NOVO!

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