Perspectivas dos alunos
- O mestrado acadêmico nunca fez parte dos meus planos, pois parecia algo muito distante da minha realidade profissional. Entretanto, ao saber sobre o mestrado profissional do IPUB / UFRJ em 2018, logo me interessei, uma vez que sua proposta se interconectava com a minha trajetória profissional e pessoal. Posso dizer que foi uma experiência enriquecedora, de muitos aprendizados e trocas, e que me possibilitou rever, refletir e elaborar uma série de questões acerca do trabalho institucional que realizava naquele momento. Uma experiência que me agregou valor intelectual, prático e afetivo.Rita de Cássia Ferreira SilverioPsicóloga - Turma 2018
- O mestrado profissional em atenção psicossocial me auxiliou em um momento de mudança da minha experiência profissional. Depois de muitos anos trabalhando na rede de saúde mental, me deparei com um novo campo de trabalho e o desafio de fazer dialogar o saber da atenção psicossocial com outros saberes. Além de promover minha reflexão sobre o campo da atenção psicossocial em diferentes contextos, me auxiliou a produzir conhecimento a partir da minha experiência profissional, articulando teoria e prática e encontrando metodologias de pesquisa mais participativas e colaborativas.Clarice Cezar CabralPsicóloga - Turma 2017
- Eu conheci o MEPPSO em 2019, através de uma amiga que já tinha tido contato com o programa e me contou como era. Naquele ano eu fui até o IPUB e pedi pra participar de um grupo de estudos do laboratório de psicopatologia e subjetividades, que muito tinha a ver com o objeto que eu queria pesquisar. O grupo começou no início de 2020 e eu só pude participar de um único encontro presencial, pois em seguida as restrições por causa da pandemia começaram e passamos mais de um ano estudando on-line. Eu só conhecia aquelas pessoas através de uma tela, mas mesmo assim senti um acolhimento que eu não imaginava que teria na academia, principalmente em um programa de pós-graduação. Apesar de níveis de formação, profissões e funções diferentes, as discussões eram sempre horizontais. Cada um falava de suas experiências e elas eram validadas. Ninguém se colocava em um lugar de saber maior que ninguém. Algo que na vida profissional e nos meus espaços de trabalho eu ainda não tinha experimentado. Fiz o processo seletivo para a turma de 2021 e mais uma vez eu me senti acolhida. Fui admitida apesar de não ser oriunda de um centro universitário “renomado” na graduação e nem na pós-graduação. Olharam para o que eu tinha para contribuir com minhas pesquisas e experiências, mais do que status e certificados.
Isso pra mim foi incrível! Recomendo o Mestrado Profissional para todos os profissionais que querem aliar a academia com a prática profissional nos dispositivos. Se eu tivesse que escolher, faria tudo de novo!
Bárbara LealAssistente Social - Turma 2021 - O Mestrado Profissional em Atenção Psicossocial (MEPPSO) foi um divisor de águas na minha vida profissional. Retornar à universidade após 20 anos de prática foi de suma importância para consolidar os referenciais do cuidado em liberdade e da luta Antimanicomial. Além disso, a troca com os demais profissionais alunos, assim como com os professores foi enriquecedora. Longa vida ao MEPPSO!Fabrice SanchesPsicóloga - Turma 2019
- Eu iniciei o Mestrado Profissional em Atenção Psicossocial depois de 10 anos trabalhando no campo. Me parece que foi uma oportunidade de parar e respirar. Pude perceber que aos poucos meu contato com a prática clínica e institucional foi se modificando, o trabalho foi recolocado pra mim. Foi possível perceber que eu passei a ficar mais disponível à reflexão, aos momentos de parada para a apreensão de novos e outros saberes, para ensaiar outros modos de fazer o trabalho, em uma tentativa de transformá-lo. A Atenção Psicossocial é tão apaixonante quanto extenuante. O dia a dia pode ser exaustivo e nos atropelar. Então, o mestrado me fez ter contato com outros colegas da área, com cenários e práticas variados. Uma chance de troca com professores e alunos a partir das realidades vividas no nosso dia a dia, podendo aproximar a academia de vida do trabalhador. Isso me reaproximou da academia e me fez entender que não é possível seguir trabalhando sem seguir estudando.Marina BistricheTerapeuta Ocupacional -Turma 2020
- Durante o período do mestrado profissional, eu tive a oportunidade de estudar mais profundamente assuntos que permeiam a socioeducação, surgiram novos questionamentos e confrontos de ideias que me levaram a repensar o lugar do adolescente na sociedade e também o meu lugar enquanto profissional em uma unidade de internação do sistema socioeducativo/DEGASE. Além disso tive a possibilidade de me afastar brevemente da dinâmica enlouquecedora e burocrática da unidade para realizar um trabalho dedicado à rotina do adolescente privado de liberdade no sistema socioeducativo, isso possibilitou o enriquecimento do meu olhar e a identificação das potências e fragilidades desse jovem que naquele momento, ao ser visto e escutado, apresentava-se despido do rótulo de “infrator”.Julia Valeria Costa PiresPsicóloga - Turma 2019
- niciei as atividades do mestrado profissional no ano de 2017 e defendi minha dissertação em 2019. Devido ao período em que estive no mestrado, a primeira marca que ele fez em minha trajetória foi como um lugar de invenção de brechas e escapes do processo de desmonte das políticas públicas de saúde e saúde mental e dos avanços do conservadorismo no Brasil. Num momento em que todos nós sentíamos que algo estava prestes a ruir, o mestrado profissional foi um espaço onde, juntamente com profissionais e pesquisadores engajados na Atenção Psicossocial e Luta Antimanicomial, pude encontrar acolhimento para minhas angustias, mas também potência para articular ações resistência. Outra marca importante que o mestrado proporcionou foi o modo como me transformei como profissional. Quando me dirigi ao mestrado para estudar questões relativas ao trabalho imaginava que iria contribuir para resolução de problemas que enfrentava cotidianamente proporcionando mudanças no contexto de trabalho e na forma como ele realizado. Isso de fato aconteceu. Mas o que eu não havia imaginado até então, era o quanto a experiência do mestrado iria me proporcionar mudanças na forma de pensar o trabalho, transformando minhas questões iniciais, colocando novas indagações, tonando meu olhar mais aguçado para ações cotidianas no CAPS que pulsavam pequenas invenções de cuidado e acolhimento em saúde mental. Minha pesquisa e discussões no mestrado impactaram diretamente meu modo de estar no trabalho: no acompanhamento dos casos, nas reuniões equipe, nos contatos com residentes e estagiários.Bruna RomanoTerapeuta Ocupacional - Turma 2017
- Meu nome é Vandré Matias Vidal, fui aluno do MEPPSO do IPUB/UFRJ, entre 2017 e 2019 com orientação da professora Ligia Costa Leite e defesa em abril de 2019. O curso é fundamental na carreira, principalmente de quem trabalha com Saúde Mental inclusiva e não manicomial, essa ampliação da percepção do cuidado ajuda no trabalho diário.
No meu caso, como coordenador do Projeto de Extensão Cancioneiros do IPUB desde 1996 fui inspirado pelas vivências daquele período, nos movimentos da luta antimanicomial com novos paradigmas da atenção psicossocial, que geraram a nova Lei da Saúde Mental (Lei Paulo Delgado) fez com que eu logo entrasse no Curso de Especialização em Assistência ao Psicótico, do próprio Instituto de Psiquiatria, também com a orientação da Professora Ligia. Vinte e três anos depois, entrei para o MEPPSO que possibilitou ampliação dos meus referenciais teóricos. Nesse momento meu vínculo com o IPUB se solidificou, de terceirizado/extraquadro até 2022 para estatutário da universidade. Igualmente depois de terminar o curso fui convidado para trabalhar no CAPS Franco Basaglia (2019-2021). O MEPPSO me fez crescer na minha área de atuação, e ampliar o reconhecimento do projeto Cancioneiros do IPUB que hoje faz parte do Grupo Artístico de Representação Institucional (GARIN) de toda a UFRJ.
Vandré Matias VidalMusicoterapia