Arte e Cultura

CONSUMISMO CONDENANDO EUA À SUBMISSÃO À CHINA

(E os indicadores estão gritando: "A Bravata-TRUMP" está no fim)
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Quem diria? Aquilo que foi o grande móvel do crescimento do capitalismo americano (com todas as mazelas associadas) é hoje a garantia e certeza de seu calvário; lento e luxuoso, mas inexorável. Trata-se apenas de mais uma expressão da eterna e inexorável DIALÉTICA; aqui com seus dois polos bem demarcados e PERVERSOS, cada um à sua maneira. Para avançar no raciocínio precisamos, antes de tudo, definir CAPITALISMO como o PODER POLÍTICO DO CAPITAL*! Em oposição a ele estaria o SOCIALISMO: poder político da sociedade, sempre DOMANDO o CAPITAL e suas investidas para controlar toda a sociedade, ainda que destruindo tudo à sua volta**. A partir dessa definição e demonstrando sua utilidade, podemos caracterizar dois tipos de capitalismo: o “tradicional” e o  “DE ESTADO”. Afinal, a China também tem o CAPITAL como a grande referência de poder, até bem mais perverso do que no ocidente, uma vez que a noção de cidadania sequer existe por lá e a submissão é quase total.
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Sendo assim e considerando o controle quase absoluto que o governo chinês tem sobre seu povo, em caso de um embate comercial o modelo dos EUA está condenado à derrota. Senão vejamos: de um lado um CAPITALISMO que viciou seus povos no consumo desenfreado, ficando, por isso mesmo, “condenado” à importação sem limites, de maneira a atender “necessidades” que eles mesmo inventaram (e sempre estimuladas). De outro, uma produção desenfreada visando principalmente o atendimento às demandas externas (a partir do CONSUMISMO crescente em alguns países). A elevação das demandas INTERNAS também avançam, mas sempre em segundo plano e de forma controlada.
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CHINA: COLÉGIO INTERNO OU UM IMENSO REFORMATÓRIO?
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As notícias que nos vêm da China, no que se refere à cidadania, não são muito animadoras. A última foi o estabelecimento de um sistema de pontos, registrado em uma espécie de CADERNETA (como nos antigos colégios) a serem dados a TODOS os cidadãos. Quer dizer…a palavra CIDADÃO decididamente não caberia nessa frase: tudo o que ali está sendo violentado é exatamente a noção de cidadania…que talvez nunca tenha existido por lá. Do ponto de vista do interesse da ECONOMIA (toda voltada aos números, aquela ECONOMIA na qual a palavra POLÍTICA definitivamente não cabe), porém, trata-se do “melhor dos mundos possíveis” e chega a ser engraçado como alguns capitalistas americanos invejam a China. E como  gostariam de ter um povo passivo como o chinês só para seu uso particular! AH!!! Como é bom observar a DIALÉTICA (choque entre contrários) em ação e permanentemente! E como ela derruba as crenças dos pernósticos que não enxergam para além das lentes dos seus óculos!
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A BRAVATA-TRUMP A CAMINHO DO BURACO…E LOGO!
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A Globo tem alguns bons correspondentes internacionais. Uma delas é Carolina Cimenti que reportou a renovação do maior  INDICADOR de grave recessão nos EUA: a inversão da expectativa de rendimento do capital investido no tesouro americano entre 2 e 10 anos. Explicamos (ver matéria): os rendimentos para investimentos por 2 anos superaram os para 10 anos. Esse indicador ocorreu da última vez em 2007 (1 ano antes da catástrofe) e previu crises graves por 7 vezes desde 1945. Além disso, o cenário sugere que ela virá antes das eleições do ano que vem. Ou seja, ninguém por lá está apostando muito no futuro. Tudo começa a desabar no “edifício TRUMP”, mas ele está cada vez mais preocupado em prender, confinar, separar famílias e expulsar imigrantes. Lembra a Alemanha de 1943 em diante: tudo desabava, mas a perseguição, confinamento e morte do judeus continuava sendo a prioridade 1 dos nazistas. Precisavam cometer atrocidades maldades BEM PALPÁVEIS, como a que TRUMP louva porlá. E nem dá para rir dessas ironias da história. Enquanto isso, o afundamento do “TITANIC” por lá deverá arrastar alguns barquinhos por aqui que ficam próximos demais dele. O primeiro já está fazendo água na Argentina. Só falta saber agora o que está pensando a respeito o “BOBALHÃO DO BREXIT“.
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*O termo CAPITALISMO não seria, então, de origem econômica, mas associado à forma de organização de uma sociedade e definição do seu exercício de poder (através de partidos). Há que relegar o capital ao seu papel social: produção de bens de interesse da sociedade e sua comercialização, recolhendo os impostos que garantem o funcionamento da sociedade.
**Abandonemos de vez o linguajar pseudo-marxista (que tanto mal tem feito aos movimentos voltados aos interesses da sociedade): “abolição da propriedade privada sobre os meios de produção” e “dar um fim à mais valia”. Os “capitães de indústria” podem ter um papel social muito benéfico, desde que a sociedade tenha sobre eles bons meios de controle: “O capital é um carneiro que precisa ser mantido bem tosquiado” Olof Palme (PM sueco assassinado em Estocolmo)
Vice- Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ