Arte e Cultura

BRASIL TOMANDO FUMO: O “MAL MORO” QUE ASSOLA A JUSTIÇA!

(Um M. da “JUSTIÇA” voltado aos interesses do GRANDE CAPITAL? …até o fumageiro?)
Márcio Amaral, vice-diretor IPUB
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NOTA: foi com estupefacção que a sociedade acolheu a estapafúrdia proposta de baixar os os impostos sobre o fumo, principalmente por vir de alguém que se apresenta como paladino da justiça. É o que discutimos abaixo
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Um M. da Justiça que, em relação à sua área específica, somente pensa, planeja e age como um POLICIAL, de repente, resolveu pensar “estrategicamente”: em vez de simplesmente aumentar a repressão e perseguir (como “bom” policial que tenta ser) os contrabandistas, resolveu estudar medidas “de fundo” que, indiretamente, atacariam os lucros dos criminosos. Eis um raciocínio que seria de grande utilidade na abordagem do problema das DROGAS: como atacar o lucro dos criminosos através da descriminalização do objeto tão desejado. Um raciocínio desses seria digno de um GRANDE M. DA JUSTIÇA…propriamente dita! Já para o caso do contrabando…certamente não!
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Até mesmo em relação à finalidade proposta (contra o contrabando) caberia uma discussão séria, caso o proponente tivesse credibilidade e não fosse também:
1- Haver interesses estrangeiros enormes associados que estariam sendo “prejudicados” pelo FISCO (muito mais do que pelos contrabandistas, certamente). Mais uma vez, valem-se de criminosos como desculpa para atacar os interesses brasileiros.
2- O prejuízo que redundaria da medida para a arrecadação do nosso FISCO; muito provavelmente enorme. Diga-se de passagem, não foi apresentado qualquer levantamento de cenário a respeito de ganhos e perdas que adviriam dessas medidas.
3- O recente ABRIR MÃO UNILATERAL dos vistos para estrangeiros. Aqui, a associação entre as duas medidas é obrigatória, pois o prejuízo é garantido nas duas. Em relação aos VISTOS, deixando de lado a HUMILHAÇÃO implícita na medida unilateral, dela resultariam enormes prejuízos contábeis. É bom lembrar que o governo é o mesmo e seu “atendimento preferencial a interesses estrangeiros” (americanos, na maioria) perpassa quase todas as suas ações.
4- A sensibilidade do item específico e a violência representada contra as campanhas bem sucedidas de cerco ao tabagismo no mundo. Que mensagem à juventude seria essa do “barateamento” do fumo, quando enviada por um M. da …Justiça  tido como moralista?
Em resumo: não há qualquer credibilidade associada à proposta e chega a surpreender a rapidez com que a imagem dessa pessoa vem despencando! Felizmente esses acontecimentos vão servir para que a sociedade desenvolva mais anticorpos contra o “MAL MORO” que vinha assolando país.
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QUE APLIQUE O RACIOCÍNIO ÀS DROGAS AINDA ILEGAIS! 
Com certeza, até o FISCO agradeceria. Se o M. da “Justiça” fosse sério, aplicaria princípios parecidos para lidar com as drogas: sua descriminalização de maneira a retirar poder dos traficantes. Não estou dizendo que se trata do mesmo problema. Nas duas situações, porém, sairiam da mera perseguição. Bem…pelo menos o ministro demonstrou ter capacidade intelectual para apreender uma questão muito complexa de forma um pouco mais ampla. Quem sabe não foi sua “assessoria internacional”? Até hoje, sua opção única por: punição, perseguição, prisões e penas aumentadas, etc. fazia pensar tratar-se apenas de um “brucutu togado” (e de voz fininha). Mas pode ser que a proposta apresentada seja apenas um produto dos estrangeiros que o “assessoram”…muito bem. Voltando à perseguição, parece-me bem mais fácil e menos arriscado perseguir contrabandistas na fronteira do que traficantes nos morros e nos presídios. E essa é mais uma observação que sugere haver manipulação associada à proposta… sempre contra os interesses nacionais, é claro.
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PRESÍDIOS COMO CAMPO DE RECRUTAMENTO E “ESTÁGIO”
Aos que se surpreenderam com a expressão “perseguição policial de criminosos nos presídios”, digo que eles se tornaram um excelente CAMPO DE RECRUTAMENTO E ESTÁGIO para a formação de novos traficantes; uma estrutura fundamental na ampliação das redes de tráfico e outros crimes. Por isso mesmo, esse tipo de investigação/perseguição se impõe. Chego a pensar que muitos desses traficantes têm até planos de rodízio, deixando-se prender para ter acesso e apadrinhar uma garotada que lhes é oferecida de “mão beijada”. Talvez seja uma fonte inesgotável de recrutas para composição e recomposição permanente de seus “exércitos”. Houve tempo em que uma prisão implicava perda de poder! Agora, parece que não, e tudo o que o M. da “justiça” propõe só eleva o contingente de pessoas vulneráveis e acessíveis aos recrutadores.
Tudo isso só para falar com muita objetividade e deixando de lado a tragédia humana implicada: os jovens que cometeram “pequenos deslizes e desvios” (reconheçamos), sem poder imaginar que tudo, dali em diante, funcionaria à maneira de um “ZIPPER”: encaixe e seguimento em uma rota de crimes cada vez mais graves.
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NOTA: em debate no GNEWS PAINEL (29/3/19), um diretor da PF defendeu a discussão e superação da “Guerra às Drogas” por: 1- ser totalmente inoperante; 2- facilitar e promover corrupção de agente públicos; 3- e por consumir boa parte dos recursos da própria PF. Como ilustração, citou fala do Deput. MARUN criticando a PF por estar deixando de lado (sic) o combate ao crime e às drogas para perseguir os políticos…como se os crimes dos políticos fossem menos importantes!! São os de piores consequências.