NOTA: É hora de cobrar todas as responsabilidades em relação ao tal projeto que ameaça a UFRJ e a CIDADE do R. de Janeiro! Nenhuma Associação (de Professores e Funcionários) e nenhum daqueles que se apresentaram nas eleições para conduzir os destinos da UFRJ tem mais o direito de se omitir, sob pena de perder o respeito de nossa comunidade acadêmica. Discursos desvinculados de consequências práticas: organização e participação em movimentos voltados à proteção do CAMPUS sob nosso uso e guarda, funcionam como “mordidas de banguelas”. Estamos simplesmente diante da situação mais grave de nossa história (considerando a ameaça direta e o abalo moral provocado em nossa comunidade) e jornais inteiros de Associações se calam completamente a respeito (SINTUFRJ) ou desfilam ambiguidades não mais admissíveis.

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Diante do verdadeiro “achatamento”** do processo eleitoral promovido pelas 3 CHAPAS nas últimas eleições para a REITORIA-UFRJ, julguei se tratar de expressão de MEDO diante dos “novos poderes” na esfera federal. A DEMOCRACIA sofrera, entre nós, uma violência inaceitável (como se verá abaixo). Por isso escrevi “Eleições sob o Domínio do Medo” (https://www.ipub.ufrj.br/blog/cultura/reitoria-ufrj-eleicoes-sob-o-dominio-do-medo/ ).

Se fosse somente isso, teria sido horrível! Mas foi bem pior! Já estávamos sob um outro domínio bem pior: externo e insuspeitado; teleguiados por poderes e interesses alheios à UFRJ. O mais triste foi ver uma espécie de “união entre as lideranças” contra procedimentos consagrados e imprescindíveis para um processo DEMOCRÁTICO de escuta e escolha daqueles que ficariam à frente da UFRJ. Foi um desrespeito à nossa história. E então, quando nossa humilhação atingiu o ponto máximo e tínhamos perdido completamente o MORAL, o “monstrengo” (inspirador de todo o processo) foi dado à luz do dia. Mas havia algo ainda pior em tudo isso: a constatação de que estamos sendo usados em um ATENTADO** contra a cidade que é nossa razão de ser.

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1- ciclo de debates implicando apresentação e discussão de propostas pelas diversas chapas.

2- votação e contagem separada por 3 estamentos (professores, funcionários e alunos) o que gera uma conta complexa, mas garante um peso igual de influência.

3- realização se segundo turno, caso nenhuma das chapas alcançasse a maioria.

Pois bem…VAMOS AO QUE NÃO HOUVE:

1- qualquer debate propriamente dito; apenas uma anódina, insípida e inodora apresentação de propostas por cada uma das chapas;

2- contagem de votos separada por categoria, apesar dos votos terem sido atribuídos separadamente;

3- SEGUNDO TURNO, apesar de nenhuma chapa ter conseguido (mesmo com a “alquimia”) uma maioria. A chapa que teve mais votos foi declarada vencedora.

“Passe-se a régua”…”E não se fala mais nisso”, foi espírito que predominou. Mas…VAMOS FALAR DISSO e do que ainda é possível salvar de um melancólico NAUFRÁGIO!

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​Curiosa foi a afirmação de que, apesar de não ter havido uma “união” (muito artificial, proposta por alguns) em uma “chapa única”, teria havido um “grande acordo entre todas a correntes da UFRJ”…apenas que pelo pior caminho: a “simplificação do processo”. Como são perigosas as “simplificações muito práticas” para a democracia! Aliás, se há algo que não tem nada de prático…é a democracia…assim como as coisas mais importantes da vida: o amor, os filhos, as amizades… Essas, então, quando são muito…práticas…podemos ter certeza: o que predomina é o uso de um pelo outro ou de ambos mutuamente. De vez em quando é bom lembrar dos IMPERATIVOS CATEGÓRICOS de Kant! E assim, o “monstrengo” foi apresentado como o símbolo da “UNIÃO DA UFRJ”…contra sua HISTÓRIA. O resultado? Já fomos parados aqui em frente por moradores da região protestando “contra a UFRJ”. E aí…precisamos ficar nos explicando!

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A sanha devoradora era tão grande, mas tão grande, que o vice-reitor eleito nem esperou tomar posse para começar um “botaabaixo” por aqui. Uma semana antes da posse, veio ao IPUB para comunicar nosso futuro deslocamento da área que ocupamos. Parecia até: 1- que o “FIFA-UFRJ” tinha sido o tema predominante da campanha eleitoral; 2- que a comunidade tinha discutido o tema exaustivamente; 3- que tinham aproveitado a campanha para definir nosso futuro em ampla discussão…! COISA NENHUMA! Tudo tinha corrido por debaixo dos panos, VERGONHOSAMENTE. E são essas mesmas pessoas que hoje acusam e ameaçam seus críticos como “produtores de FKS”. Só podem acreditar estar lidando com crianças! Vejam e depois digam: 1- vieram avisar de nossa saída obrigatória; 2- tentaram recolher todos os motoristas para o FUNDÃO (“estrangulamento”?); 3- tentaram impedir quaisquer obras no CAMPUS (usando oficialmente o nome do “FIFA-UFRJ” como justificativa); 4- mandaram pessoas aqui (sem comunicação oficial) para tomar medidas do que seria derrubado… E ainda falam que estamos inventando ameaças..! SÃO UNS ENGRAÇADINHOS MESMO!

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​O que fazer em relação ao silêncio generalizado, especialmente dos que foram derrotados nas eleições? Já passou o melhor momento para os membros das chapas derrotadas tornarem público o que se passou: foram enganados ou tinham conhecimento do que vinha sendo gestado nas entranhas das trevas e do silêncio? Estou convencido de que muitos professores (especialmente os mais ambiciosos na “política” universitária) sacrificam os interesses das universidades em função da preocupação com suas carreiras pessoais. Não há uma contradição entre esses dois interesses, mas seria de bom tom que nos fizéssemos sempre a pergunta (pelo menos nos momentos extremos): estou fazendo (ou deixando de fazer) algo por conta de uma convicção baseada em princípios ou me furtando a dizer (ou fazer) o que penso preocupado com julgamentos e eventuais prejuízos pessoais futuros para minha carreira? 

………………………………FIM

*Trata-se da melhor corruptela de um certo nome que nos ofende. Afinal, como na FIFA e seus falsos “legados”, fomos LOGRADOS: NA COPA…NA SALA…NA COZINHA…

**Comparável ao verificado nos procedimentos da Justiça associados à LAVA-JATO.

***Eis o PARECER DO IPHAN que limita construções exatamente na região do Campus PV: “Na área compreendida pela Av. Pasteur (lado par), entre a Av. W. Braz e Rua Dr. X. Sigaud, Rua Dr. X. Sigaud (lado par), Rua Projetada no P.A. 4.299 – 11.628 (entre a Rua Dr. X. Sigaud e a Rua L. Müller), Rua L. Müller (lado ímpar), Av L. Sodré (lado ímpar), Praça J. Moreira e Av. W. Bras (lado ímpar), as edificações não deverão ultrapassar a altura definida por um plano horizontal situado a 20m (vinte metros) acima do nível do mar”.