Arte e Cultura

ALEMANHA: ACORDOS ENTRE NAZISTAS E SIONISTAS-II

Márcio Amaral

Hannah Arendt
Hannah Arendt

NOTA: Diante de algumas críticas de que eu teria “misturado Holocausto, SIONISMO, O. Médio, Hitler, etc.”, sinto que preciso ser mais claro. O “fio condutor” dessas associações é: Os SIONISTAS, também em função de um “ideal”, entregaram seu próprio povo em HOLOCAUSTO. Dessa vez, entretanto, não havia clemência possível, pois a “entrega” fora aos “diabos em forma de gente”, segundo diz o povo. Como os SIONISTAS são incapazes para a autocrítica, estou certo de que o fariam de novo, caso achassem novamente “necessário”. A vida humana vale muito pouco para gente desse tipo. E com que felicidade soube da existência de uma influente “International Jewish ANTI-ZIONIST Network”…! Estou em boa companhia.

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POVO ELEITO? CONSEQUÊNCIAS SEMPRE DESASTROSAS!
“O povo de Israel é o EXTRATO mais perfeito do povo judeu…” (Osias Wurman, Consul honorário de Israel no RJ, O Globo 16/8: praticamente confirmando a tese abaixo. Sua intenção era dizerESTRATO, camada. Com X, refere-se a EXTRAÇÃO e é aplicado a tomates, bancos, dentes, etc**. “: Mas com gente é diferente…”)

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Perguntei, certa vez, a uma mulher judia a razão pela qual, enquanto todas as outras religiões buscavam conquistar mais adeptos, os judeus fazem exatamente o contrário (como as restrições à aceitação de alguém de fora, em casamentos mistos, por exemplo): Ora…mas se somos os eleitos…!, respondeu ela com uma certa dose de humor e ironia fina, tipicamente judaicos. A princípio, considerei ser esse um julgamento sem maiores consequências. Hoje, afirmo que talvez ali esteja a fonte das maiores perversões humanas, do ponto de vista coletivo. Considerando a existência de um “povo eleito” (raça, nação*, cultura, etc.) e perdido o princípio do respeito igual que deve merecer toda vida humana, não demorará muito para que, entre os “eleitos”, apareçam os “mais eleitos”; depois os “ainda mais eleitos”. Logo, esses começarão a matar (ou escravizar, caso seja interessante do ponto de vista econômico) os que não forem objeto de qualquer “eleição”. A existência de povos e nações que se consideram “especiais” e superiores aos demais é uma praga que continua a assolar quase todos os continentes.

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Cena de "O Pianista", R. Polanski
Cena de “O Pianista”, R. Polanski

Quem assistiu ao filme “O Pianista” deve se lembrar da cena em que um guarda SIONISTA (daquela mesma polícia judaica), enquanto organizava a entrada dos judeus no trem da morte, dela retirou o protagonista, mandando-o fugir, talvez por considerá-lo um “judeu muito especial” (“eleito entre os eleitos”). Seria mais “mais digno” de viver? Toda a sua família—gente muito refinada, em contraste marcante com a grosseria dos alemães—seguiu para a morte, depois de uma bela cena em que repartem uma pequena guloseima, numa espécie de “Última Ceia”. Também no filme “A Lista de Schindler”, há uma comemoração totalmente imoral dos que a compunham, ao descobrirem que foram outros (e não eles) os “eleitos” para serem levados à câmara de gás. A possibilidade para a solidariedade humana estava completamente minada: “A aceitação de categorias privilegiadas—judeus alemães sobre os poloneses; judeus veteranos de guerra e condecorados, acima dos comuns; famílias cujos ancestrais eram alemães acima dos naturalizados recentemente, etc.—representou o começo do colapso moral da respeitável comunidade judaica” (H Arendt, “Einchmann em Jerusalém” p. 148)Foi criado até um “gheto” para “judeus especiais”, Theresienstadt, tornado um “showroom para visitantes estrangeiros e servindo para enganar o mundo exterior”(IDEM, p. 150).

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Acontecimentos do gênero deixam marcas muito fundas. Novas gerações, sem o saberem, passam a reproduzir comportamentos automaticamente. Um dia, o povo de Israel há de se dar conta de que as atitudes dos SIONISTAS, em vez de lhes garantir segurança, colocam sua existência em risco; além de fornecer munição ao antissemitismo. A expressão: “Gestão do Conflito” (Heni Cukier, ESPM, “Entre Aspas”, 05/8/14), recentemente criada pelo governo daquele país, sugere não haver qualquer interesse seu na conquista de uma paz verdadeira***. Afinal, não se costumam gerir coisas para lhes dar um fim próximo, exceto no caso das “massas falidas”. Seria, a eternização desse conflito, essencial para a manutenção de uma certa “coesão interna” em Israel, além de um instrumento de controle dos SIONISTAS sobre seu próprio povo? Coisa parecida já aconteceu recentemente e na Europa.

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“…Veja, bela Sarah…como Israel está mal protegido! Falsos amigos defendem suas portas do lado de fora, enquanto dentro (do gheto), seus guardiões são a loucura e o medo!” (“O Rabino de Bacharach”, do judeu H. Heine, Paris, Rue Huyghens, 1926, p. 176. Sobre a situação nos ghetos medievais).

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berlim-bobardeadaQue os SIONISTAS estão, de novo, levando às últimas consequências sua falta de senso de justiça, atesta-o a fala de Heni Cukier (ESPM, “Entre Aspas”, 05/8/14). Segundo ele, a solução não viria, pois “nunca deixam o conflito maturar plenamente”. Seria sempre interrompido antes da “chegada ao esgotamento dos dois lados” (Israel e palestinos). Parecia mais uma queixa contra o clamor internacional. Quantos palestinos e israelenses (67 são “pouca coisa”?) mais precisariam morrer para que aquela “maturação” se completasse? Seria uma espécie de “solução final”? É assim que tratam a vida humana! E essas indecências são repetidas em rede nacional! O “mecanismo mental” aplicado pelos SIONISTAS, para justificar o massacre dos palestinos, é o mesmo que os nazistas aplicavam contra os judeus e que Leão Tolstói tão bem identificou na atitude dos russos contra os polacos. Depois de condenar um polonês à morte por um acontecimento corriqueiro…“O Imperador Nicolau I franziu o sobrolho. Fizera já muito mal aos polacos. Para justificar esse procedimento, precisava se convencer de que eram, todos eles, uns infames…Odiava-os na medida do mal que lhes fizera…” (“Kadji Murad”, cap.XV). No eterno choque entre o narcisismo e o senso de justiça (que todo homem tem) esse último costuma ser o mais sacrificado.

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Por fim, compreendi a verdadeira intenção da operação denominada “Margem Protetora”: criar, dentro do já exíguo espaço de Gaza, e ao longo de toda a fronteira, uma faixa totalmente despovoada de 3Kms. O “GHETO” seria espremido ainda mais. Com isso, acreditam os israelenses, eliminariam a ameaça dos túneis. Israel está com medo e, infelizmente, somente isso parece poder levar à paz. Se precisam mesmo de uma margem protetora, por que não isolam uma faixa de 3 kms de seu próprio terreno, valendo-se daquelas cercas muito desumanas? Tudo isso, mantendo ampla visibilidade, é claro! Dessa “operação”, restou outro triste paralelo: uma imagem semelhante à que se podia ver na Berlim bombardeada: nenhum prédio ficou de pé nos tais 3 Kms. Pior foi ver o cinismo do “cientista social GLOBAL” (D. Magnolli) culpando o Hamas de expor sua população civil à morte, ao não autorizar (sic) seu deslocamento para longe da fronteira. Todos sabemos das arbitrariedades que o Hamas comete contra seu próprio povo. Nesse caso, entretanto, não podem mesmo aceitar aquela limitação externa do uso de seu próprio território. Depois acusam os palestinos de subirem aos telhados e cavarem túneis! Os telhados também foram muito ocupados pelos judeus medievais para fugir de “pogrons”, além de para tocar violino, ou rabeca. Há mesmo muitos paralelos entre a situação dos dois povos.

“…os judeus, cuja população crescia muito, sem que tivessem o direito de expandir seu gheto, construíam andares e mais andares uns sobre os outros, espremendo-se como sardinhas…” (“O Rabino…“, do judeu Heinrich Heine, p. 177)

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*Algo de parecido fazem os americanos quando se permitem todo tipo de atrocidade e tortura, desde que aconteçam longe do solo pátrio. Agora, comprovou-se que o solo polonês foi usado para prisões e torturas clandestinas. Para mim, isso torna a situação mais condenável ainda, pois está ali implícito que RECONHECEM SEREM OS ATOS CONDENÁVEIS EM SI MESMOS.
**Só pode haver algo de muito torto em uma mente capaz de  produzir essa afirmação. Se ainda havia alguma dúvida, em relação aos perigos que o SIONISMO representa para a comunidade iídiche, essas palavras a dissiparam.

***“…a guerra contra o terror é mundial e Israel representa um farol numa região escura e mergulhada num fanatismo fratricida” (do mesmo Wurman e no mesmo jornal). Deixando de lado a metáfora sem qualquer originalidade e o mau estilo, talvez melhor fosse dizer: a “PONTA DE LANÇA” do poder ocidental sobre a região. Assim, prezado Cônsul, o senhor vai dar armas àqueles—como eu, por exemplo—que veem os dedos do Imperialismo Americano em toda parte.

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