Arte e Cultura

BRIGA NO ÔNIBUS: UMA “CORTINA DE FUMAÇA” PARA PAES

Márcio Amaral

Quando acontecem essas mortes “ao atacado no trânsito” e envolvendo ônibus, o Prefeito se esconde. Não é com ele. Pede que lhe deixem….em PAES. Escapa como um polvo! No “varejo”, e só nos corredores (da morte) do BRT, morreram 09 pessoas desde sua implantação . Em qualquer lugar onde se valoriza a vida, seria um escândalo; aqui são números e estatísticas frias. Tudo o que a autoridade tenta é inculpar as vítimas: os pobres cidadãos desavisados que não conhecem sequer o primeiro princípio do Código de Trânsito: QUEM DIRIGE UM VEÍCULO MAIOR É RESPONSÁVEL PELA INTEGRIDADE DE QUEM ESTÁ EM UM VEÍCULO MENOR OU É PEDESTRE. É um belo princípio que deveria ser estampado em todas as esquinas e nos próprios ônibus.

Na tragédia do ônibus que caiu do viaduto, tudo o que as autoridades queriam era demonstrar ter havido uma briga entre um passageiro e o motorista: QUE BOA CORTINA DE FUMAÇA! Assim, todos esqueceriam logo de que: a licença do ônibus estava vencida; que o motorista era também o trocador; que o ônibus recebera mais de 40 multas nos últimos meses (a maioria por excesso de velocidade e avanço de sinal); que o motorista estava trabalhando direto havia mais de 12 hs e, o pior de tudo (caracterizando a má fé e a omissão das autoridades): OS NOMES DOS MOTORISTAS RESPONSÁVEIS PELAS MULTAS VINHAM SENDO OMITIDOS DE MANEIRA CONTUMAZ. Mas…o que é tudo isso, diante do prazer de falar mal dos seres humanos em geral? Pobre de uma moça que perdeu seu namorado e seus sonhos! Chorando diante das câmeras fez um apelo às pessoas para que sejam mais tolerantes e evitem brigas. Sim, são boas palavras, mas há que identificar os responsáveis pela criação de um clima de violência no transporte público. Alguém tem que investigar que acordos foram esses entre os empresários e o Prefeito, em função das tais BRSs, que transformaram os tais “corredores” em pistas de corrida.

E “O GLOBO”, MEU DEUS! Conseguiu atribuir a culpa dos desastres e do estupro da turista ao povo, ou seja, às vítimas: “A informalidade e a descontração, a cara do Rio, com o tempo, geraram uma cultura de desordem e incivilidade…quando setores vitais da administração deixam de  funcionar e a população não se preocupa com regras mínimas de convívio é porque está no hora derecolocar nos trilhos o jeito carioca de ser...” (“O Rio e a cultura da Desordem”, Editorial 6/4)TRILHOS! Eis a palavra chave do ódio, inveja e ressentimento em relação à descontração dos cariocas. Há nesses TRILHOS algo muito inglês e reflexos da tal Economia Criativa que querem nos impôr. O GLOBO E PAES NÃO GOSTAM DO RIO. 

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INGLATERRA: MAIS UM “SUICIDADO” POR LÁ!

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Acontece cada coisa na terra de “Mr Hide”! A S. Yard teria declarado, em relação ao magnata russo que apareceu morto sozinho e no chão do banheiro de sua casa: 1- haver “sinais de enforcamento” no cadáver; 2- que seu corpo foi encontrado no chão do banheiro; 3- que não teria havido uma segunda pessoa no local. São informações totalmente impossíveis de combinar. A não ser que o próprio, depois de enforcado, cortasse a corda, caindo ao chão. Até a “Assessoria para assuntos de suicídios provocados ou forjados” da polícia inglesa já não é a mesma.

Se há um tipo de método de suicídio para o qual as EVIDÊNCIAS são berrantes, é o enforcamento: “Morte por asfixia provocada pela suspensão de uma pessoa através de uma corda (ou similar) presa à volta do pescoço”. Essa definição, em verdade, restringe-se ao ato de execução de condenação ou linchamento, e ao raríssimo crime de enforcar alguém. Para a quase totalidade dos enforcamentos, é o suicídio a causa mais provável.

A rigor, nesses casos, nem essa SUSPENSÃO seria necessária, pois bastaria que a pessoa afrouxasse os joelhos, deixando-se pendurar através de uma corda envolvendo o pescoço para desfalecer e morrer. Essa crença na necessidade de suspensão para fora do chão já levou muita gente a erro. As evidências, nesse tipo de caso, são tão gritantes—pessoa encontrada suspensa por uma corda e outras mais sutis—que, quando há alguma dúvida, é exatamente no sentido oposto: o de que alguém possa ter morrido de outra forma, tendo sido seu corpo pendurado a posteriori como, ao que tudo indica, se passou com W. Herzog.

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JOÁ E ENGENHÃO: POR QUE TANTA DIFERENÇA DE TRATAMENTO?

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Junte os dados abaixo e a pulga atrás da orelha vai picar você:

1- No fim do ano passado, Paes disse que, com os atrasos nas obras para a Copa/Olimpíada, o Brasil estava perdendo uma grande chance de mostrar ao mundo que havia se tornado um país moderno, etc. Mais se parecia com um discurso de encomenda, referenciado, mais uma vez ao já velho “Complexo de vira-latas”. Em verdade, parecia estar ecoando a “VOZ DO DONO” (por falar em “voz do dono”, a FIFA já estaria até nomeando Ronaldo Fenômeno para a presidência da CBF).

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2- Há poucos meses, o prefeito se “sentou” sobre um laudo da COPPE-UFRJ (muito fundamentado) apontando os graves riscos que corre o ELEVADO DO JOÁ, obrigando a respeitada instituição a divulgar unilateralmente seu conteúdo. Nossos colegas temeram a precipitação dos acontecimentos previstos (ouvido diretamente de colegas da COPPE e em reunião). Mesmo depois de divulgado o laudo, o prefeito continuou se recusando a aceitá-lo e a tomar as medidas necessárias.

3- Com uma rapidez insuspeitada–diante de laudos preparados no exterior e sem recorrer a outros–interditou o ENGENHÃO sem pestanejar.

4-Diz a coluna do Ancelmo (30/12): “…O fato é que, embora não faça parte dos estádios da Copa, a interdição do Engenhão fez um estrago na imagem do Brasil no exterior.”

HIPÓTESE: AS GRANDES CORPORAÇÕES, REPRESENTADAS PELA FIFA E COI, TENTAM NOS ATINGIR DE TODAS AS MANEIRAS, VISANDO REMOVER RESISTÊNCIAS AOS SEUS “MOVIMENTOS”. O PREFEITO É SEU PORTA-VOZ!

PROPOSTA: QUE A COPPE FAÇA UMA AVALIAÇÃO DA COBERTURA DO ENGENHÃO E SEUS VERDADEIROS RISCOS.

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