Arte e Cultura

CRMS/CFM: VAMOS ÀS CORTES INTERNACIONAIS JÁ!

(Padilha: um trator desgovernado ou um “Palhaço no Planalto?”)

Márcio Amaral

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Antônio Padilha está se achando todo poderoso no governo. Desconhece o destino que espera aqueles que se dispôem a executar os “trabalhos mais sujos” de um governo: tornam-se apenas uma espécie de “lata de lixo” na qual o próprio governo atira toda a responsabilidade por seus fracassos e desmoralização. “Antes dele…o DELÚBIO!”. Foi o que aconteceu com DELÚBIO, só que para “sutis arranjos de contabilidade”. Já Padilha, está acreditando que lhe darão a candidatura para o gov. de S. Paulo! Com isso, perdeu completamente qualquer pudor ou escrúpulo. O que fará de sua vida depois de desmoralizado? Não nos interessa. Antes disso, porém, ele precisa ser parado, pois seu trator desgovernado está causa ndo muitos males sem volta.

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O projeto Mais Médicos é uma aberração em todos os sentidos, mas não vou discutir seus termos. Melhor é discutir seus gravíssimos desdobramentos. O pior deles é a tentativa de obrigar os CRMs a autorizar o exercício da medicina no Brasil pelos médicos estrangeiros, ao arrepio dos critérios por eles mesmos hitoricamente aplicados. Perceberam a gravidade disso? Imaginem alguém com um revólver sobre sua cabeça, obrigando-o a assinar um papel qualquer, através do qual você abre mão de um direito ou mesmo da posse de algum objeto, por exemplo. Seria uma total aberração, não é mesmo? O “imbroglio”, sem possibilidade de solução legal, está formado. Antes de prever as consequências—Padilha e seus assessores não são muito bons para prever as consequências de seus atos—“saíram fazendo e criando fatos”. Agora: “quem pariu Mateus que o embale”! E quem pariu Padilha…também há de o embalar…pelo menos antes de atirá-lo para bem longe.

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E SE TUDO FALHAR, CABE UMA RENÚNCIA GENERALIZADA!

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Todos têm que prestar contas de seus atos às diversas instâncias de controle da sociedade. Assim também há de ser com os CRMs/CFM que terão que se pronunciar sobre CADA CASO INDIVIDUAL, declarando sua razões INDIVIDUALIZADAS para não conceder uma autorização qualquer. Caso os impedimentos sejam entendidos como um ato político, o governo deveria ter a quem recorrer para punir os responsáveis e afastá-los da posição em que se encontram. Nada, entretanto, poderia justificar uma OBRIGAÇÃO A AUTORIZAR. Afinal, é um princípio: só pode autorizar quem tem o poder de não autorizar. Não é preciso ser jurista, basta ter senso moral um pouquinho mais apurado, para saber que ninguém PODE CONSTRANGER OUTRA PESSOA A ASSINAR QUALQUER COISA. Se estão agindo como em tempos de guerra, que inventem uma corte qualquer que autorize aquele exercício, “bypassando” os CRMs e agu entem as consequências. Se os réus do “mensalão” conseguiram fazer valer um direito, mediante a ameaça de levar o caso às Cortes Internacionais, os CRMs/CFM têm um direito muito mais claro a defender, recorrendo às mesmas Cortes.

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As pessoas “cheias de força de vontade” (e baixo discernimento) quando chegam a um governo são mesmo um perigo. Todos os grandes ditadores da história acreditavam muito na sua ALTA força de vontade (e dos canhões, é claro) e na BAIXA força de vontade dos demais. Até um certo tempo, quando a pusilanimidade imperava nas nossas associações, Padilha fez mesmo o que quis com elas. Na “aprovação” do PROVAB e de seu “abono”*, colocou cada diretor de entidade (representada na CNRM) em um banquinho baixo e, SEPARADAMENTE, “convenceu-os da importância” do projeto. Assim, conseguiu sua aprovação quase unânime. E ainda houve gente que saiu de lá louvando a enorme “capacidade de sedução do Ministro”!

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Por fim, um exemplo de situação (há várias, inclusive dos nazistas para com os judeus) na qual tentou-se forçar a assinatura de “autorizações”. Depois de todos os deslocamentos a que os índios norte americanos tinham sido obrigados, foi assinado um tratado—“Documento Sagrado”, com a exigência da assinatura de 2/3 dos índios para qualquer alteração—a eles destinando as “Black Hills” (“Enterrem meu Coração na Curva do Rio“, Dee Brown). Poucos anos depois, tendo sido descoberto ouro por lá, o “Pai Grande enviou uma comissão para tratar com os Sioux a cessão de Black Hills“. “Vá e diga ao Pai Grande que não quero vender terra nenhuma…nem mesmo essa”, respondeu Touro Sentado, apanhando um punhado de terra no chão. Em reunião posterior com enviados do governo, “…Cauda Pintada falou por todos: Black Hills não eram para vender nem alugar”. Conselheiros do Congresso sugeriram que “não levassem em conta os desejos dos índios…Essa compra forçada deveria ser apresentada como uma decisão”. Tinham que assinar. Não assinaram e foi desencadeada a maior de todas as guerras por lá. O Gal Custer protagonizou a pior de todas as derrotas do seu Exército e, ao final, os índios foram massacrados. Os que sobraram foram confinados a campos de concentração…os primeiros na triste história da humanidade. AINDA NÃO EXISTIAM CORTES INTERNACIONAIS.

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*Prevendo um “bonus” de até 20% nos concursos de RMéd. Conspurcaram, sujaram mesmo, nossa concursos e desorganizaram a RM.

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