Arte e Cultura

EGITO/GAZA/ISRAEL: O FIM DA CREDIBILIDADE DOS EUA!

(De como a mais sanguinária das ditaduras se tornou “mediadora da paz”)

Márcio Amaral
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Que o governo do Egito, mediante o patrocínio norte-americano, tenha sido apresentado como mediador da paz entre Israel e o Hamas deveria causar espanto generalizado. A desfaçatez atingiu seu mais elevado pico. Afinal, há pouco mais de um ano, o próprio Egito foi palco de um dos mais sangrentos golpes militares das últimas décadas e está, ele mesmo, em situação de enorme instabilidade. Se são esses os mensageiros da paz…! Havia, por lá, um governo oficialmente eleito e, na época, o governo americano condenou oficialmente o golpe, etc. Tudo apenas para cumprir o “protocolo da hipocrisia oficial”. Agora, e depois da condenação à morte dos presos políticos egípcios pela “Justiça”—sempre se encontram alguns “Nicolaus” para chancelar todo tipo de arbítrio—ficou absolutamente claro quem promoveu e a quem serve aquele golpe militar: o Egito nada mais é do que um instrumento essencial na aplicação da”geopolítica” segundo os interesses norte-americanos. E não é que nem esperaram as pessoas esquecerem do que se passou?

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Mas não foi o único golpe por eles promovido! Um outro, muito semelhante, embora menos sangrento—mas até com “limpeza étnica”: remoção/expulsão de mais de 200.000 cambojanos—foi promovido recentemente na Tailândia e o mesmo “discurso oficial” de sua condenação se fez ouvir por parte de Obama. Mostrando que não reconhece qualquer limite continental, os EUA tentaram promover um outro golpe (aplicando as mesmas táticas) na Venezuela. Já com relação aos estragos que causaram no Iraque, Líbia, Síria e outros, nem precisamos falar. Que credibilidade pode ter um presidente que, menos de 24hs depois e ainda sem uma investigação, condena um outro país pela derrubada de um avião? O projeto de Império dos EUA está mais ativo do que nunca. A humanidade que se cuide e proteja! Voltemos a Gaza! Que credibilidade pode ter um país cujos atos e iniciativas visam apenas os seus próprios interesses?*

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ANÃO DIPLOMÁTICO? NÃO….! UM GIGANTE DA PAZ!

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Foi até engraçado ver aquele homenzinho (porta-voz da Chancelaria israelense), de língua presa e tentando engolir a saliva, enquanto gania seu discursinho decorado. Parecia até um “galinho garnisé”. Mais um pouco, e começaria a saltar nas tamancas, ou nos tamanquinhos, quem sabe? PERGUNTA: se fôssemos tão irrelevantes assim, ele ficaria irritado àquele ponto? Até o nosso vexame nos 7×1 contra a Alemanha… como ele saboreou! Isso sim, foi coisa de um “anão moral”! Há por aqui um ditado muito interessante e bem aplicável à situação (vai “traduzido” para uma linguagem publicável): “Ter orgasmo com o pênis alheio”! Mas logo um pênis ALEMÃO, senhor “qualquer coisa”!? Pensando bem, pode haver aí resquícios da “síndrome de Estocolmo”; um atavismo do qual é muito difícil de se libertar**. Peço desculpas por ferir alguma sensibilidade, mas foi inevitável diante daquela tentativa de nos ofender. Como diz um amigo: “Sou da paz…mas não pisem nos meus calos”.

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AFIRMAÇÃO: o “mundo tremeu” (principalmente o Pentágono e suas filiais) quando o Brasil denunciou fortemente a escalada de violência israelense em Gaza, afirmo eu e sem qualquer deboche.“…Mas se ergues da Justiça a clava forte…”. E por quê? Voltando à questão da credibilidade em relação à paz: NENHUM OUTRO PAÍS NO MUNDO É MAIS IDENTIFICADO COMO MENSAGEIRO DA PAZ QUANTO O BRASIL! Sim! Houve um grande legado da COPA: centenas de milhares de estrangeiros aqui vieram e foram testemunhas de como somos pessoas que gostam da paz, da alegria e dos seres humanos em geral. Outros tantos milhões (talvez bilhões) receberam essa aura projetada por nós no universo (desculpem o exagero). Mais do que isso: deram-se conta, in loco, de quantas mentiras a GMÍDIA internacional diz a nosso respeito. Tudo com o apoio das suas filiais locais, é claro, pois todos fazem parte do mesmo projeto do IMPÉRIO. E se há um “anão” nessa história e nesse “Império”, são as “organizações Globo”. Que continue brincando com seu “império” particular! Não disse a apresentadora da GNews: “O pres. Obama… quer dizer…O pres. AMERICANO  Barak Obama…”!? Aprenda D. Mariana Godoy: quando nos corrigimos chamamos a atenção para o erro (!). De outra vez, siga em frente, e com a maior cara de pau. Afinal, seu inconsciente apenas “confessou” algo sobre os interesses aos quais seus chefes estão servindo.

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Apesar de sermos (com muita honra) “anões militares”, já de há muito somos reconhecidos, nossos diplomatas e forças armadas, como os melhores para promover a paz e o entendimento entre os povos (no Haiti, no Congo e tantos outros lugares). Anões diplomáticos?! Seríamos, sim, se ficássemos a reboque da “diplomacia baseada na geopolítica” dos norte-americanos: aquela em função dos interesses do império; que adula alguns povos apenas para que se tornem seus “peões (anões) regionais”. Que conceito é esse de DIPLOMACIA?! Além disso, é a nossa credibilidade que tem feito a Globo entoar seu “canto da sereia” em editoriais, defendendo a “regularização das nossas relações com os EUA”. Lá no norte, sabem muito bem da nossa credibilidade internacional e querem nos arrastar para seus projetos de domínio do mundo. Aí sim, seríamos anões! Daríamos credibilidade aos projetos sujos ou perderíamos a nossa própria? Se há um governo que não sabe o que é diplomacia, é o israelense. Luis XIV gravava em seus canhões: “O último argumento dos Reis”. É essa a diplomacia que o governo de Israel conhece e reconhece. O que está em jogo é a própria existência do povo palestino. Um dia, houve um gueto em Gaza. Agora, quase um campo de concentração.*** (continua)
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*Quando vejo Obama, descendo as escadas do avião correndo e balançando as mãozinhas; o idoso J. Kerry, subindo correndo as mesmas escadas, penso: como são infantis e como tudo por lá “é cinema”, no pior sentido da expressão. A mentira está entranhada em toda “beleza americana”. “Dá prá acreditar” em quem vive “fazendo cinema”? Prefiro José Mujica!
**O mais difícil nessas discussões é não enveredar pelo antisemitismo. Tudo o que se refere à história e cultura do “povo de Israel” me interessa profundamente. Há muito, ficou claro que o problema é o SIONISMO (ver em Hannah Arendt, os tantos acordos que fizeram com os nazistas resultando em enorme prejuízo para o “povo de Israel”). Pergunto-me sempre como um pequeno grupo conseguiu manipular daquela forma quase todo um povo muito diferenciado do ponto de vista cultural/intelectual. Apresentam-se como os grandes guardiões do judaísmo, mas talvez o isolamento que promovem seja a grande ameaça à sua religião/cultura.
***Falar em “escudos humanos” é cínico. Dizer que: “Para o Hamas, quanto mais civis morrerem, melhor!” (J. Pontual), é vergonhoso. Há algo naquele povo que os ocidentais nunca vão entender e que eu vislumbrei na fala de uma daquelas mulheres com um lenço na cabeça, em um abrigo da ONU e rodeada de crianças. Ela se desculpava por estar ali, justificando-se (e a palavra é esta) pelas crianças. Devia achar que seu lugar era junto com os combatentes. Quem, a qualquer sirene, corre assustado para buracos, não pode entender essa atitude e desprendimento. Quando um povo chega àquele nível de união, dificilmente há de perder uma guerra.

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