(“Rei dos Coxinhas” deu a senha: “TODOS PELOS BANCOS!”)
Márcio Amaral
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“Trocar de Governo daria chance de estancar a sangria” (A. Fraga)
NOTA: Os movimentos “pró-golpe” tinham entrado em “banho maria” depois do fiasco da “carta bolero” de M. Temer. Eis que, em 27/02 o PT, com apoio de Lula, divulgou documento no qual propunha:“…uso de parte (1/3 dos 370 bi) das reservas internacionais…radicalização dos mecanismos de distribuição de renda…reunificação do campo progressista…recapitalizar o poder público…rejeitando a capitulação diante do capital rentista e seus oráculos”. Foi quando o mundo desabou sobre a cabeça da presidente. Abaixo, a discussão daquilo que considero sua consequência.
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A. Fraga é “O HOMEM DOS GRANDES BANCOS INTERNACIONAIS NO BRASIL”. Nada de se admirar em sua defesa do GOLPE a partir de uma perspectiva TOTALMENTEEMPRESARIAL e, por consequência, ANTIDEMOCRÁTICA. Por isso, SUA ENTREVISTA (ver abaixo) é uma peça preciosa para nós, pois, por uma espécie de cacoete, expôs-se a nu (ver citações). Todo esse alarde em torno de CORRUPÇÃO serve apenas para atingir mentes estreitas e inteligências curtas; aquelas incapazes de compreender a gravidade da situação por que estamos passando. É o velho truque dos ILUSIONISTAS: desviam a atenção dos incautos enquanto fazem seus truques. Está armado um ataque aos interesses brasileiros, de consequências muito mais graves do que os casos de corrupção que todos conhecemos. E essas tem inspiração forânea.
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“…Seu histórico (do PT) não ajuda e hoje seguem com propostas Malucas”
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A condição para que a exploração mundial pelas GRANDE CORPORAÇÕES continue é o refinamento permanente de sua capacidade de não chamar a atenção para suas manobras. Cooptar gente esperta e do local para a sua linha frente é outro fator essencial. Sem isso, como permanecer nas sombras? Como não gostam de dar passos em falso, e não encontravam uma força política “consequente” no cenário brasileiro (do ponto de vista dos seus interesses, é claro), chegaram a dar uma indicação clara de sua preferência pela manutenção de DILMA no poder. A nomeação de LEVY foi sua maior aposta. Naquele momento e por si só, um GOLPE representaria uma enorme ameaça… àqueles mesmos lucros. Por isso, FHC e A. Fraga (seus maiores e mais confiáveis porta-vozes) permaneceram, até a semana passada, em cima do muro. Um agravante na situação é a fragilidade atual de todo o sistema bancário mundial. Poucos sabem, mas, no início do ano, o DEUTSCHEBANK sofreu uma perda de 40% do seu valor. Um grande perda no BRASIL poderia significar uma “quebradeira geral”.
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Quando, porém, a tensão entre Dilma e o PT atingiu um ponto de quase ruptura e o PT ousou BLASFEMAR contra o “deus principal” do altar do CAPITAL—acenando com a possibilidade de usar as “RESERVAS INTERNACIONAIS”—estava “cruzado o Rubicão”. Agora, o que resta ao governo é enfrentar e avançar. Não se cruza de volta o Rubicão. E então, todas as forças pouco afeitas à democracia uniram-se subitamente: as mesmas que, no choque: INTERESSES ‘vs’ PRINCÍPIOS, valem-se de artifícios linguísticos para salvar os primeiros sacrificando os últimos. FHC finalmente desceu do MURO (nos ombros de Moro*) e Armínio fez a pontuação econômica da situação. Pode alguém, em sã consciência, duvidar de que está em curso um GOLPE? Afinal, se existe um consenso nessa situação, é o de que as nossas instituições estão funcionando; a indústria começou a crescer e outros indicadores apontam para uma recuperação. Além disso, não se conseguiu provar crime algum até agora. Ou seja: são apenas golpistas mesmo: elitistas que não suportam bem a ideia de “gente de origem pobre decidindo nossos destinos”. Um eventual afastamento de Dilma corresponderia à instalação de uma espécie de “PARLAMENTARISMO de 2/3”, não previsto na CONSTITUIÇÃO…LOGO….
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“O gov. e o PT não dão nenhum sinal de que proporão um caminho minimamente razoável…” (IDEM)
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Só não vê nessa sentença uma confissão da decisão, um tanto constrangida, pela promoção do golpe “jurídico/econômico” quem não quer. O quanto violentam o direito dos povos para decidir seus próprios caminhos, pode-se ler também nas palavras: “…A maior vítima é o próprio povo que acreditou que esse modelo ia dar certo…”. Se estivesse simplesmente participando da luta política e fazendo críticas, tudo bem! Posso até concordar com muitas delas. Ocorre, porém, que está simplesmente “justificando” a cassação do nosso DIREITO DE ESCOLHER quem vai nos governar; como quem defende a troca de um diretor ou gerente de empresa. Perderam completamente a noção do que seja DEMOCRACIA. Por fim, como uma espécie de “FÜEHER COXINHA” concluiu Armínio: “…Enfim, um novo rumo para o país…”. Juntamente com FHC—o “braço político” da intervenção branca (muito branca) no Brasil—Fraga pode estar cometendo um crime de LESA PÁTRIA. Que os militares permaneçam de prontidão cívica.
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“…Só mais algum dinheiro para gastar sabe-se lá como…” (uso que seria feito “pelo PT” das tais “RESERVAS INTERNACIONAIS”). Tudo destrinchado em:http://www.viomundo.com.br/
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No dia exato em que o PT ousou cometer o “sacrilégio” assinalado, pude perceber o indisfarçável mal estar dos apresentadores da GNEWS. Falavam como se a palavra “INTERNACIONAIS” representasse um compromisso sagrado com os bancos e não o resultado do trabalho de milhões de brasileiros a ser usado segundo seu interesse. O DINHEIRO PARECIA SER DOS BANCOS. Se vivem falando (e eu concordo) na falta de investimento em INFRA-ESTRUTURA, por que não usá-las apenas com esse destino? Quem sabe criando até uma CÂMARA TÉCNICA para esse fim? Seria interessante ver esse pessoal defendendo os interesses dos bancos, contra seu próprio povo e contra investimentos na tal “INFRA”. Além disso, há um CINISMO inaceitável nesse “sabe-se lá como…”. Pensava, certamente, no BOLSA FAMÍLIA e em outros “gastos inúteis”…do ponto de vista do CAPITAL, é claro. Vejam como a linguagem os denuncia: enquanto as reservas são chamadas de “internacionais”, a DÍVIDA é chamada…”SOBERANA”! Há algo de estranho aí, não é mesmo? Como dar esse nome àquilo que ameaça nossa soberania? SIMPLES: é a referência número 1 para o CAPITAL e seu aparato “ideológico” também chamado GMídia. É ela quem manda, pairando acima de tudo. Sempre mascarada, é claro, sob termos como “ajuste, austeridade”, etc. E então, sem nos darmos conta, acabamos repetindo essas expressões totalmente tortas.
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AV. PAULISTA: E LULA—QUEM DIRIA?—AFINOU!
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LULA parece que se deu bem conta de tudo isso! Seu discurso na Av. Paulista foi dirigido ao GRANDE CAPITAL já um tanto surdo para suas propostas. Reafirmou que voltaria ao centro do poder para “promover a paz”, tentando até resgatar uma segunda edição do “Lulinha paz e amor”. Se, da primeira vez, já foi um tanto burlesco, agora, a fantasia está em frangalhos…Foi triste! Aqueles milhares de pessoas estavam ali para escutar outras coisas que não: “É como numa família que as pessoas têm que se unir nas crises… comendo o que têm prá comer!” (uns, caviar; outros, uma “mistura”); “…É como nas torcidas de futebol! Depois do jogo…têm que se entender…”. Pois bem, O GRANDE CAPITAL não sabe o que está perdendo quando tenta afastar um representante dos trabalhadores que faz esse tipo de discurso! Foi em vão. Suas palavras caíram no vazio: “Allea jacta est”! Não há mais retorno possível! Agora, com “As águas de março fechando o verão fechando o verão…É PAU É PEDRA…e até o fim de um caminho, mas, certamente, com a abertura de um outro…mais promissor.
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*Quando, para justificar a liberação das gravações das conversas DILMA-LULA, disse Moro que “ninguém está acima da LEI”, faltou um complento: “Exceto eu mesmo”. Ele foi, naquele momento, o legislador, o executor e tudo mais. Teve o seu momento de “REI SOL”: “L’ ETAT C’ EST MOY”. Mais do que isso, quando não respeitou o FORO ESPECIAL da presidente (decorrente da FUNÇÃO), das duas uma: ou cassou esse direito, ou casso a própria presidente. O “OCASO” de MORO não demora.
