Arte e Cultura

“HOPI-HORRORES” TAMBÉM NO RIO!- I

(Na Pedra da Gávea e nas Investigações “THORTUOSAS” da Baixada)

O Rio não tem um “HOPI HARI”, mas produziu alguns “HOPI-HORRORES“: na Pedra da Gávea e na Baixada Fluminense. Noprimeiro, o horror de se deixar cair uma moça, durante o que deveria ter sido um vôo em parapente. No segundo, uma investigação policial “THORTUOSA” e manipulada, desde o seu início, para “livrar a cara” do filho de um empresário famoso, depois de ter atropelado um ciclista.

É possível imaginar o sofrimento por que passou a moça que foi largada no espaço para morrer na areia? Quem sabe, um dia, o responsável mais direto (provavelmente também uma vítima, como vamos tentar demonstrar) por aquele vôo, até para sua própria saúde mental, vai relatar como as coisas se passaram? A única vantagem de não haver uma versão “oficial” para os fatos, é a ativação de nossa capacidade de imaginação, de maneira a juntar fatos dispersos em um todo coerente. FATOS: 1-a primeira tentativa de vôo fora abortada antes da “decolagem”, por conta do medo e alguma atitude da moça; 2-nesse momento, os três dispositivos de segurança estavam acionados; 3-quando da decolagem fatídica, somente um deles—provavelmente o menos confiável, pois prendia apenas os braços—estava atado.

HIPÓTESE: O vôo se dera após muito constrangimento de parentes e amigos, embora possa ter havido um desejo inicial da própria. Depois do primeiro refugo, a quase vítima dele desistira e começara a tentar escapar da morte iminente, desatando os cintos que a prendiam ao aparelho, para sair da situação. Um “instrutor”, pouco responsável e preocupado com o dinheiro que talvez deixasse de ganhar, entrou em uma quase luta corporal com a moça para forçar a decolagem, sem verificar os cintos.

Essa é uma hipótese baseada em fatos. Aliás, no curso de muitas investigações, através da história, muitas hipóteses mostraram-se mais fiéis aos fatos do que versões oficiais voltadas, com frequência, para esconder fatos constrangedores. É levantando hipóteses que investigadores chegam a versões tão esmagadoramente verdadeiras, que obrigam muitos culpados a ceder e reconhecer sua íntima relação com o que aconteceu.

E a câmera que “desapareceu”, apesar de não ter caído no mar!? Considerando que somente as pessoas interessadas em “proteger” o “instrutor” podem ter dado fim a ela, as autoridades judiciais devem tratar esse fato como uma prova para todas as culpas e responsabilidades, do próprio “instrutor”, do clube de vôo, mas também dos donos do parapente, caso pertença a outro. É muito provável que esses aparelhos estejam sendo explorados por subempregados que ganham uma miséria por viagem, ou à maneira de taxis arrendados. Quem sabe o sumiço da câmera pode ser suficiente para caracterizar a formação de uma quadrilha? Em uma situação como essa, melhor é que o poder público regularize logo esses vôos e estabeleça suas condições, cobrando impostos e mantendo um fiscal no lugar com a função de liberar ou não as decolagens.

….

(Continua)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *