Arte e Cultura

PADILHA: “CÃO ILUSTRADO” DO CAPITAL FINANCEIRO!

PADILHA: “CÃO ILUSTRADO” DO CAPITAL FINANCEIRO!
(Teríamos índole corrupta. Daí a necessidade de tutela exterior via “MORO e CIA”)
Márcio Amaral
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O Mecanismo” é uma dramatização inspirada em um conjunto de acontecimentos reais, apresentada de forma a ilustrar uma tese….O mecanismo não tem ideologia; ele opera nos governos de esquerda e de direita”. (ver entrevista à FSP)
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NOTA (posterior): A desmoralização do falso dramaturgo começou por ele mesmo. Afinal, quando alguém filma uma sequência de imagens tentando “apresentar e ILUSTRAR” uma tese—seja ela qual for: de “esquerda ou direita”—deixou de lado qualquer pretensão dramática propriamente dita. Nem para um documentário aquela sentença seria aceita plenamente. Por isso, e considerando ser ele um mau dramaturgo, certamente há de ser um péssimo “sociólogo” ou “antropólogo” ou…. Sendo assim, não dá para levar a sério a tal “tese”, até porque visa desmoralizar o próprio povo que lhe deu vida. Ou será um “filho de chocadeira”? A rigor a tal “tese” parece não de sua própria inspiração. Foi-lhe ditada por um outro “MECANISMO’.. bem maior, cujo eixo gira a partir de centros bem mais ao norte!
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Bastaria aquela afirmação para concluir e anunciar: “Atenção! Apaguem as luzes, peguem pipoca (muita pipoca), pois vai começar a empulhação!”. O melhor a fazer é mesmo mudar de canal. Será que os “donos” do “cão ilustrado” autorizaram essa entrevista? Pois se ela compromete e estraga, logo de cara, qualquer possível efeito…dramático que imagino fosse desejado. Acho que os tais “donos” não estão muito acostumados com o Brasil, onde, segundo o dito, prostitutas têm orgasmo e manipuladores confessam sua manipulação descaradamente.
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QUALQUER DISCUSSÃO SOBRE ARTE ESTÁ COMPROMETIDA!
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Confesso que vim à série e à entrevista pensando em um embate sobre ESTÉTICA e ARTE DRAMÁTICA. Adoro discutir o assunto com gente do ramo. Diante dessa entrevista, entretanto, o tema da discussão teria que mudar. Mas…vamos lá. Considerando a TESE:“Brasileiros são corruptos por natureza, por isso precisam de tutela EXTERNA, via MORO e CIA”), tudo o que se esperava de um artista digno do nome seria exatamente o oposto ao mero mecanismo; uma dramatização que o superasse, não que ficasse dele prisioneiro. Quando um “artista” se prende a TESES, passou a ser “menino de propaganda” fantasiado de dramaturgo. E como um artista pode superar um MECANISMO? Criando grandes personagens (não necessariamente no sentido moral): aqueles que lutam e sofrem os efeitos das forças terríveis que o envolvem, tentando a afirmação de sua individualidade. O resto não é arte, mas mero… MECANISMO.
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APRENDENDO COM “O PODEROSO CHEFÃO”
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Nessa “construção do drama”—a expressão não é boa, mas vai—é esperada também a omnipresença (sem didatismo, é claro) do pano de fundo: a sociedade na qual as coisas acontecem e os determinantes (não mecânicos, mas dramáticos) de condutas que as pessoas não controlam. Em todos os seres humanos, mas não nos mecanismos, há sempre múltiplas CONTRADIÇÕES, ou ele não sabe disso*? Caso contrário, tudo se tornaria caricatural e… MECÂNICO. Por isso “O PODEROSO CHEFÃO” é uma grande obra de arte. Nada ali é mero… MECANISMO. A transformação de D. Corleone em um chefe mafioso é consequência (dramática, não mecânica) da necessidade de afirmação da comunidade italiana, lutando contra os ladrões oficiais e “HONESTOS” chegados com antecipação (ingleses e irlandeses). Nada MECÂNICO. Apenas “HUMANO … DEMASIADAMENTE HUMANO”. Convenhamos, há naquela entrevista uma confissão com algo de patético: ele mesmo está fazendo parte de um outro GRANDE MECANISMO que planejou todas as etapas do impedimento a uma candidatura de LULA. E esses não gostam de concorrência (corrupção “não autorizada”). Vejam que, em vários pontos do processo, eles nem sequer tentaram disfarçar a avidez com que serviam ao…mecanismo. As marionetes de preto apenas cumpriram um “script” todo ele montado no exterior e “embrulhado” em papel de presente. Para que a prisão se desse “a tempo” tudo funcionou na “justiça” como um mecanismo. E se há duas palavra que deveriam se excluir são JUSTIÇA e MECANISMO: uma porque deveria ser muito humana (punir quando necessário, mas sem qualquer ódio) o outro…por ser totalmente DESUMANO.
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BRASIL: PAÍS DO FUTURO…DA HUMANIDADE!
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Quem duvida de que está em curso—na GMídia mundial e interna—um processo pesadíssimo de DESMORALIZAÇÃO DO BRASIL e do nosso povo? O capital financeiro (e seus muitos prolongamentos) está lutando em muitos “fronts”: 1- “batalhas” econômicas, com a China; 2- nos campos de batalha propriamente ditos, contra a Rússia; 3- e tentando destruir uma das poucas fontes de CULTURA POPULAR propriamente dita no mundo… por aqui mesmo, no nosso Brasil. E essa, em termos de futuro, parece ser o “front” mais importante. Nos demais, regidos apenas por interesses contábeis, eles acabam se entendendo e ajustando. Já a destruição de culturas… quando ocorre…pode ser prá sempre. A rigor, todos aqueles regimes detestam a CULTURA POPULAR, sempre uma ameça contra o despotismo. Nesse longo processo de desmoralização da cultura popular, vejam o que se passou com a França, por exemplo: o efeito do refinamento, atração e “glamour” (mas também ridículo, dependendo do olhar) da nobreza sobre seu povo (e sobre todo o mundo) foi de tal ordem que tudo o que restou foi uma VERGONHA DE SER POBRE. Os locais mais pobres eram vistos apenas como: de sujeira e vergonha; nunca como locais de produção de…CULTURA. O máximo que conseguiram os poetas e romancistas foi…ter uma certa piedade dos pobres e justificação de sua grosseria. Eu que amo aquela grande cultura, encontro poucos exemplos em contrário, como no romance “BEL AMI” de Guy de Maupassant: um filho de interioranos normandos consegue se afirmar e derrotar a elite francesa, sua mídia e governo, sempre reafirmando sua origem e a sua própria cultura. Sei que preciso aprofundar a tese. Vou tentar.
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DE COMO AS ELITES SEQUESTRARAM A “CULTURA”!
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*Em um dos poucos bons momentos de sua entrevista Padilha aponta o fato de ter sido necessária a presença de uma pessoa ingênua (Dilma) na presidência para que todo o mecanismo sofresse um desarranjo. Tudo isso associado às contradições que poderiam ser exploradas…dramaticamente. Mas ele gosta mesmo é de…mecanismos…ou melhor: ficou prisioneiro à TESE daqueles que estão fazendo tudo para tirar um resto de AUTONOMIA de nosso país.

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