Arte e Cultura

PAES: TRISTE FIM DE UMA GESTÃO “PRÁ INGLÊS VER”-II

(OSs: Sem fim Lucrativo…ou…Lucrativo sem Fim?))
Márcio Amaral

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OSs: HOSPITAIS OU “CASAS DE HORRORES”

biotechO mais FANTÁSTICO na série de denúncias das sujeiras das OSs , iniciada no “FANTÁSTICO” (13/12), é que alguém com elas ainda se surpreenda. Pois se aqueles a quem foi entregue a gestão de nossa saúde eram aventureiros de todos os tipos, muitos deles sem qualquer relação com a saúde! Sua própria concepção era já, de início, perversa e hipócrita. Não! Não há “maçã podre” a ser retirada do cesto para salvar as demais. As OSs e os governos que as implementam são “CESTOS DE CORRUPÇÃO”. Quem pode acreditar em “Organizações Sociais e sem fins lucrativos”? Talvez seja um problema de SINTAXE e melhor fosse dizer: “ORGANIZAÇÕES ANTISSOCIAIS, visando Lucros sem Fim”. E dizer que, no passado, causavam surpresa as “máfias da saúde”, as “sanguessugas”, a “indústria da loucura”, e assim por diante! Eram apenas ensaios para as futuras OSs.

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chapeuysDevemos à P. Federal a investigação que foi ao ar. Suas imagens e gravações, mostrando até que ponto pode ir a desfaçatez dos exploradores da miséria humana, OBRIGARAM o MPRJ a deixar de lado as suas “Relações Perigosas”* com as autoridades do Estado e Município e tomar alguma providência (recomenda-se acompanhar, pois sua credibilidade está muito abalada). Muita gente se impressionou mais com as imagens, especialmente dos cavalos sendo tratados com insumos e medicamentos que seriam destinados às pessoas nos hospitais. Eu fico com o diálogo entre uma PEDIATRA e o ADMINISTRADOR (…dos lucros da OS do H. Pedro II, é claro). Queixava-se ela incisivamente do corte no fornecimento do óxido nítricopara recém nascidos e das 4 mortes em dez leitos ocorridas nos dias anteriores, que ela mesma associava àquele corte. Sua voz tinha um misto de raiva e desespero. Toda a sua vida, história e carreira estavam sendo jogados ali e ela nos dignificou a todos. CONFISSÃO DO ADMINISTRADOR (…dos lucros) ao telefone, depois do questionamento da médica: “Dei, sim, a ordem para racionar o gás..Vs estavam gastando demais…”.

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É a esse tipo de “gente” que está entregue a saúde de nosso povo. Quem era aquele sujeito para julgar se o uso era excessivo ou não? Agora me digam se havia ou há alguma possibilidade dessas OSs funcionarem bem! Pois se TODA A SUA PRIORIDADE SÃO NÚMEROS FRIOS? Diante da “CASA DE HORRORES” mostrada em REDE de TV, a “carinha de bolacha” de um certo DANIEL SORANZ, tentando dar a impressão de que estava acima daquilo tudo, foi um acinte. É bom lembrar que recentemente, ele se orgulhou de ter “cortado cerca de 1000 leitos das emergências”. Bem…Se continuarem matando (ou deixando morrer) os pacientes assim, aqueles leitos vão  mesmo se tornar desnecessários. Que isso é a POLÍTICA DE PAES, mostra-o a propaganda em que um outro rapazinho dizia (culminando na cena da escolha do Rio como sede para as Olimpíadas) com todas as palavras: “Quem antes tratava da doença, agora cuida da saúde”. Só uma inépcia muito grande poderia levar alguém da área da saúde a OPOR ESSAS DUAS FUNÇÕES OBRIGATÓRIAS DO ESTADO. Eis o “DARWNISMO SOCIAL” expresso de forma indireta; o mesmo que desembocou no HIGIENISMO Hitlerista: os mais fracos que morram em benefício da “saúde” dos mais fortes.

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O TRUQUE DOS TRONCAIS…UM “TROCO” COM OS TRONCAIS..

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Só pode haver duas motivos fortes o suficiente para que se mudem quase todas as linhas (vigentes há pelo menos 50 anos) de ônibus de uma cidade grande como o Rio de Janeiro:racionalização e diminuição de custos para os usuários. Além disso, nada pode justificar que essas mudanças se deem da noite para o dia e sem qualquer preparação daqueles mesmos usuários. A prefeitura está mesmo infestada por uns legítimos discípulos de MAQUIAVEL…e seguiram bem sua receita oferecida aos PRÍNCIPES: “As medidas boas e agradáveis devem ser implementadas lentamente. Já as antipopulares devem-se impôr de uma vez e rapidamente!”. E FOI ASSIM. Lembram-se da implantação dos BRSs? Quanto preparo; quanta gente distribuindo papéis nos pontos de ônibus nos preparando para a pista de corrida em que se transformariam as faixas à direita das grandes ruas (e muitos atropelados)! E agora? Tudo subitamente, resultando em pessoas perdidas nos pontos, sem mais saber como chegar ao seu destino. Essa RAPIDEZ DE IMPLANTAÇÃO era a confissão da maldade arquitetada nos porões da prefeitura.

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ptmdbE o que teria motivado essa confusão toda? Que interesses estariam em jogo? Somente entendi, pelo menos uma das razões, vendo a manchete de um desses jornais “mais populares”:“MP DO RIO VAI COBRAR: RIOCARD PARA 3 VIAGENS”. Era essa uma das intenções: acabar com a possibilidade de uma IDA e VOLTA com o mesmo valor pago (válido por 2: 30 min). E o MPRJ esqueceu-se rapidinho da sua intenção inicial. Por vezes, fico pensando se aquele anúncio de cobrança ao prefeito não era apenas um jogo de cena para obter outras vantagens. Agora, as pessoas só para chegar ao destino gastam aquelas 2 viagens possíveis. Disse todo o Rio, mas, a rigor, isso foi voltado para os ônibus que servem à zona Z. Sul. Isso também era estranho e sugeria alguma maldade. Se era necessária uma mudança tão ampla, por que não fazê-la em toda a cidade?

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Havia duas maldades nisso: 1-diminuía o afluxo de gente da Z. Norte à Z. Sul. Quase não há mais ônibus direto da ZN à ZS. Param no centro ou Botafogo, obrigando o candidato a tomar um outro ônibus; 2- “cobrava” aos moradores da ZS uma certa “TAXA” por morarem em lugar “mais valorizado” (pois passavam precisar usar o Riocard duas vezes, até para ir ao Centro). Não deixou de ser, a partir de uma concepção inicial totalmente PERVERSA, engenhosa a fórmula. Uma coisa é certa: somente vou votar em um(a) candidato (a) que, durante a campanha, assuma o compromisso de fazer retornar a maioria das linhas cortadas. Há de ganhar muitos votos. QUE DÊ UM TRANCO NOS TRONCAIS! Até os motoristas não gostaram da confusão. E a queda de valores sociais e morais implícita está transformando o serviço em um caos. Mas dessa mixórdia, alguma coisa boa pode resultar. Criaram uma linha circular que sai do final da Urca, sobe por Laranjeiras (Corcovado), pega o Rebouças, J. Botânico, Gávea, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e…Urca. Foi um achado com boas repercussões turísticas. Seu número? 581, mas pode se chamar também “Do Circuito Elizabeth Arden”. Felizmente, o Rio não propicia que se façam “APARTHEIDS” bem sucedidos.

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