Arte e Cultura

UM NOVO “ARIANISMO” TENTANDO DOMINAR O MUNDO!

(Os 5 “Herdeiros” do Imperialismo Inglês: “Plugados e Juntinhos contra o resto”)

Márcio Amaral

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O “Eixo do Mal” (das últimas décadas) fala inglês e se distribui por 3 Continentes: USA, Canadá, GBR, N. Zelândia e Austrália! Pensam que os ingleses, e a humanidade, vão se livrar facilmentedaquele oceano de prepotência, que durou tantos séculos?! Muitas derrotas ainda terão que sofrer para ver diminuída a arrogância de quem diziam “O Sol Nunca se Põe sobre o Império Inglês”.Pensando bem, e entrego a pergunta para os geógrafos, acho que o sol continua sem se por sobre essa rede que, dos subterrâneos mais sombrios, continua a querer dominar e controlar o mundo. É verdade que alguns resquícios (no mundo físico) daquele Império ainda estão por aí: Gibraltar, humilhando a Espanha; Malvinas, provocando a Argentina; Irlanda do Norte, impedindo a unificação da Irlanda e outros menos cotados. O que falta dizer é também: foi uma sensação de fraqueza que os levou a se juntarem assim, como pintos sem mãe e no frio. Mas esses pintos ainda têm tanto poder! Primeiro, foi a decadência inglesa; agora, uma evidente decadência norte-americana. A rigor, e como sempre acontece com aqueles que nunca encontraram um bom modus vivendi com os outros, ficam ameaçados e sentem essa decadência muito mais até do que os outros. Seu poder ainda há de durar muito!

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Não é preciso ficar “chovendo no molhado” e me alongando sobre as denúncias de E. Snowden. Aquilo que ninguém aprofunda, entretanto, é a discussão sobre a identidade dessa “turma” de nações, todas com uma origem muito parecida! Quem o disse muito bem foi M. Bachelet (candidata à presidência do Chile), quando questionada quanto a se investiria na Aliança Atlântica ou no Mercosul: “Esse tipo de acordo e aliança comercial, voltado ao desenvolvimento, precisa ter como referência a geografia. Qualquer outro critério revela outras intenções”. E eu complemento: intenção de domínio que passa por provocar desestabilizações regionais. Foi o que aconteceu com a ameaça de que o Paraguai faria parte da tal “Aliança nada Pacífica” e voltada contra a independência da América Latina. É o que está se passando com a enxurrada de ataques à nossa política econômica e de previsões catastróficas para os próximos anos.

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AH!!! Mas quantos “QUINTA COLUNA” (traidores infiltrados nas linhas inimigas) eles encontram por aqui! Quantos pseudointelectuais ávidos por sentar naquelas cadeirinhas do “PAINEL” (Globo News) de W. Waack! Em 05/10, um certo Bolivar Lamounier—cientista político que mais se parecia com um daqueles “velhos revoltados contra tudo o que está por aí”—para demonstrar como as coisas estriam indo mal na economia, etc., disse: “É só abrir os jornais e ver como as coisas estão indo mal; em todos eles. Está tudo errado…“. “Pera aí!”: um cientista político formando sua opinião pelas manchetes de jornal! Alguma coisa está errada. Afinal, ele fora convidado pela mídia para aprofundar uma discussão e, na hora em que é questionado, diz que se informa (e forma opinião) através da “abertura de jornais”?! Vejam que ele nem falou em artigos específicos de intelectuais de peso que podem (e devem, desde que tenham independência para dizer o que quiserem) escrever em jornais. Suas palavras foram essas: “É só abrir os jornais….”. Ainda bem que o tal do Bolívar não é “bolivariano”! Se fosse, coitada da Venezuela!

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Aliás, como “Os 5 Cavaleiros do Apocalipse” investem na derrocada da Venezuela, prevendo uma apocalipse! Pobre Maduro, está mesmo em posição difícil! Sem investimento claro na indústria, um país grande e com população numerosa, por mais que tenha petróleo, haverá de estar em crise permanente. Ele sabe da dificuldade e até inventou uma expressão (e projeto) para tentar sair da crise: “SOCIALISMO PRODUTIVO”. É o que anda dizendo. Esse, aliás, é o gargalo para todo governo voltado para a melhora das condições da gente mais simples de seu povo: como garantir a produção em altos níveis e sua modernização. Sem a participação de alguns “capitães de indústria” nacionalistas (se é que isso existe) as coisas ficam mesmo difíceis. Mas esses empresários não precisavam ser tão capachos das grandes corporações mundiais! Ficar fazendo coro com “The Economist”, “Finantial Times”, et caterva—como é o caso de O Globo e seu “Sardelbergmontanha de sardinha ” (depois da 88, é uma nova marca)—é abusar da nossa inteligência. Será que alguém ainda acredita nas previsões “de queda do nosso crescimento do PIB para 2014”, feita pelo FMI?

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E o Cristo que, primeiro, “mandaram pro espaço” e que, agora, resolveu dar uma voltinha na Baía de Guanabara, à maneira daqueles “aviõezinhos” que já voaram por aqui!* Bem melhor que fique por aqui mesmo. Eles que “vão para o espaço”! Não sejamos tolos: quando esses cavalheiros nos elogiam, é sinal de que os estamos “servindo bem” e à maneira de um bom “maître”. É natural que seja assim, cada um olha para o mundo a partir de sua própria história, especialmente quando não apreciam muito a diversidade e consideram haver somente o seu próprio caminho “para o progresso”. Como disse um pensador que aprecio muito: “Cuidado com os elogios. Quando alguém muito nos elogia, está, em verdade, dizendo como devemos ser…e no interesse daquele que elogia (válido para também parentes). O elogio vai nos envolvendo como uma teia de aranha invisível e nos tirando independência”. A tese é de Nietzsche, mas as palavras são minhas mesmo. Enquanto estiverem nos atacando, é sinal de que estamos (pelo menos no terreno da Economia e defesa de mercado) no caminho certo. Só os tolos acreditam em uma “comunidade harmônica de nações interessadas no desenvolvimento homogêneo de todos”. Dessa forma, há que negociar, mas sem ingenuidade. Já em relação aos nossos vizinhos, se pudermos sua estabilidade e crescimento é vital para nós. Há que se esforçar por isso.

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*Quem se lembra de que OGlobo também usou a metáfora de um foguete em ascenção para se referir à Aliança do Pacífico? Fazia parte da ameaça de que o Paraguai a ela se filiaria? Foi um dos momentos mais ridículos desse jornal.

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