NOTA POSTERIOR AO TEXTO: “ACESSO NEGADO PARA NADINE”: Duas sentenças da divulgadora do “projeto” reforçam muito a tese de que as decisões quanto ao futuro do Campus PV estão entregues a entes externos à UFRJ: 1- “Ainda não tenho ACESSO aos estudos (sobre a entrega do CAMPUS)“; “Ainda não sabemos que áreas serão cedidas” (Nadine Borges, Jornal SINTUFRJ). Já a AUTONOMIA …essa está cedida! Ou será que eu perdi a noção do significado da palavra AUTONOMIA? Quem deixou de dominar seu próprio território (não “terreno” ou “ativo imobiliário”); quem entregou seus destinos nas mãos de outrem não pode mais falar de Autonomia. E é essa a pessoa que está nos pedindo um voto de confiança!
É um bom PRINCÍPIO: o que é gestado sob o signo da mentira e do engano só pode resultar em FRAUDE. E quem duvida de que esse ALEIJÃO se fez assim? Nossa colega Sônia Staropolis que o diga. Por mais de um ano frequentou reuniões no FÓRUM DE CULTURA ouvindo discursos sobre o uso do “Canecão” para fins culturais, etc., enquanto tentava me convencer de lá ir. Eu, entretanto, conhecendo bem os FALASTRÕES do FÓRUM, sabia que nada de bom viria de lá. Mas não imaginava que trairiam a esse ponto a sua própria história. Mas estou cada vez mais convencido de que TODOS (eles, inclusive) estão sendo enganados! Por que fazem tanta questão do terreno do IPUB? Simplesmente porque o projeto é GLOBAL e o IPUB está no meio dele. As possíveis moradias a serem construídas servem apenas para “embrulhar” outras fraudes cCONTRA A CIDADE. Lembram-se de que há cerca de 5 anos o FORTE S. JOÃO quase foi privatizado para construção de um PÍER (TRANSATLÂNTICOS), HOTÉIS, CASA DE SHOW, CASSINO. Barrados pelos moradores…pensam que abandonaram o projeto “AO PÉ DO PÃO DE AÇÚCAR”? Não! Apenas chegaram um pouquinho mais prá cá!
…………………………
MUDANDO DISCURSO: SAI O “SALVANDO OS POBRES”….
…………………………
Enquanto isso, os colegas muito apressados para entregar o “produto” (conforme prometido aos BANCOS), estão ficando desesperados….e sem DISCURSO! Em uma Universidade, especialmente com a tradição da nossa, ficar sem discurso é prenúncio de desastre. Primeiro foi a “ladainha prá enganar esquerda tola e culpada”; aquela cujo poder acaba sempre por distribuir misérias* em vez de apontar para a melhora na vida das imensas maiorias. Para que se tenha ideia do quanto aquele discurso é mentiroso, em reunião com a membros da AMAURCA os “propagandistas” disseram que não divulgariam dados sobre a EVASÃO ESCOLAR na UFRJ “para não dar material aos que atacam a abertura das universidades para os mais pobres”. Assim, deixaram no ar que seriam altos. Agora digam-me: pode alguém acreditar nessa balela? Em tempos de cultivo da TRANSPARÊNCIA há que desconfiar de qualquer conversa mole baseada em omissão de dados. Das duas uma: ou eles não dispõem dos dados e estão mentindo; ou dispõem e também estão mentindo. Digo mais: se os escondem é porque eles contrariam a tese “mais interessante” para o CAPITAL. Confirmando a veracidade do relato, quem o fez acreditou nas boas intenções da propagandista.
…………………………
…ENTRA O NOVO DISCURSO: “SALVANDO A UFRJ”!”
…………………………
Agora, toda a ênfase dos defensores da ENTREGA DO CAMPUS mais tradicional da UFRJ se dá no convencimento de que “estão tentando desesperadamente salvar a UFRJ”. Enquanto isso quem luta pelo RESPEITO à sua própria área de atuação, atividade e tradição estaria atuando como seus “coveiros”. O “contingenciamento” de verbas pelo Gov. Federal já estaria colocando em risco nossa sobrevivência e somente “cessão do CAMPUS PV poderia nos salvar”. Caíram em DOIS erros difíceis de explicar:
1- Antes, todos os recursos provenientes da exploração do CAMPUS seriam para oferecer mirabolantes maravilhas a todas as unidades! Agora, a coisa está resvalando para CUSTEIO e sobrevivência. Que decadência! Acho bom que afinem seus discursos.
2- Segundo esse raciocínio, TODAS as outras Universidades Federais fecharão as portas brevemente, pois nenhuma delas (quer me parecer) tem um CAMPUS assim tão cobiçado pelo CAPITAL.
…………………………
ESTARIAM PROPONDO UM “CANIBALISMO” ENTRE AS UNIDADES?
…………………………
É o que parece! Pretendem ESQUARTEJAR unidades sob a desculpa de “alimentar partes mais nobres” (ou onde corre mais dinheiro) da própria UFRJ? E então, seu açodamento funciona como confissão de compromissos assumidos anteriormente à própria eleição. Dão a impressão de não haver nada mais de importante a discutir na UFRJ. Podiam pelo menos disfarçar e não ir com tanta sede ao pote…! Uma Reitoria que assume precisa de tempo para levantar situações e propor “enxugamentos” de maneira a otimizar os parcos recursos de que dispõe. ISSO NÃO FOI FEITO, POIS NÃO DEU TEMPO! Nesse processo, o critério essencial (para bons gestores) seria: respeitar e estimular as unidades que atuam melhor, fazendo delas uma espécie de “Escola de Gestão Universitária”. NÃO É O QUE ESTÃO FAZENDO. Então concluo: alguns membros da atual gestão assumiram já com a intenção específica de implementar um projeto pronto, feito fora UFRJ, ESCONDIDO e cujos desdobramentos macabros nem eles mesmos conhecem. Que a nossa Reitora se proteja, pois o maior preço futuro será pago pelas pessoas mais proeminentes da gestão. Querem nos tornar uma DUBAI. A maior agressão contra nossa cidade e CULTURA começaria por aqui!
…………………………
*Como podem almejar gerir uma cidade com esse tipo de mentalidade? Estão dando farto material aos ataques dos inimigos às ESQUERDAS em geral: incapazes para bem administrar; criar e distribuir melhor as riquezas, tudo o que fariam seria uma repartição mais homogênea da miséria. Assim, estão condenados a permanecer vociferando na OPOSIÇÃO.
