Arte e Cultura

AVISO AOS “CANIBAIS”: IPUB NÃO QUER VANTAGENS COM DESPOJOS DOS OUTROS!

(O estigma de CAIM rondando a UFRJ)
Caim e abelNOTA: Às vésperas do nosso grande ATO pela C. da Ciência, a Reitoria divulgou mensagem considerando que o IPUB poderá não ser deslocado de onde está. Não seria mesmo. Na mesma mensagem, entretanto, era reafirmada a decisão pela demolição da C. da Ciência. Sabem da nossa ligação HISTÓRICA e atual com aquela bela e ativa instituição. Aos nossos colegas e amigos reafirmamos nossa determinação—em qualquer cenário e aplicável a todas as unidades que se sentirem prejudicadas—a apoiar seu (nosso) direito de continuar a prestar os serviços de interesse público como antes. Curioso é que aquelas afirmações tenham vindo das mesmas pessoas que não se cansam de repetir: “não se deve falar no assunto até a publicação oficial dos estudos”, etc. Talvez fosse nossa hora de acusá-los de estar divulgando “fake news”.
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A IMORALIDADE campeia em torno e à volta do nosso CAMPUS! Está em curso um projeto de AUTOFAGIA e dilaceração extremamente perigoso…para toda a UFRJ. Como disse uma colega (na bela manifestação pela C. da Ciência), a luta pela preservação do CAMPUS PV é também pela preservação da própria UFRJ e de seu espírito agregador. Sem ele seremos alguma outra coisa, certamente muito menor para nós mesmos e para a sociedade em geral. Nada de bom pode resultar da trama entre alguns irmãos visando a IMOLAÇÃO de outros. NUNCA, em qualquer situação! Os piores lados dos seres humanos estão sendo cultivados e amplificados exatamente na instituição que deveria ser uma espécie de referência de bons valores para toda a sociedade. Nenhum deles é pior, porém, do que a apologia ao CANIBALISMO de algumas unidades associado à promessa de distribuição dos seus despojos a outras unidades. Nenhum numerário poderá sanar os males decorrentes dessa imoralidade.
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UM ECONOMISTA QUE NÃO ENTENDE NADA DE GESTÃO
Na REUNIÃO promovida pelo SINTUFRJ (Fac. de ECONOMIA, 29/10) para apresentação do projeto implicando a derrubada de muitas das nossas unidades, um prof. da Economia  (segundo alguns relatos) teria associado uma boa gestão à necessidade de muitos recursos. Só quem  não entende nada de gestão poderia fazer essa afirmação. Sem fazer uma apologia da pobreza, a carência de recursos É A REGRA na administração pública, mas também nas famílias, empresas e na natureza. Nada deseduca e aliena mais do que uma fartura desmedida. Por isso, costumo dizer que uma boa gestão é caracterizada por: saber administrar carências; maximizando aproveitamento de recursos escassos, sempre em função da escolha criteriosa de prioridades revistas permanentemente e no dia a dia. Aliás, uma certa oscilação entre períodos de carência e outros de abundância É A REGRA NA RELAÇÃO ENTRE OS SERES VIVOS E A NATUREZA (“vacas magras)”.
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A ECONOMIA É A REGRA, INCLUSIVE NOS NOSSOS CORPOS
Nosso professor de ECONOMIA certamente não sabe (e não teria porque saber) que os antigos profs de medicina chamavam (de maneira um tanto pomposa) o corpo humano de “A ECONOMIA“. Sabiam haver em cada um de nós uma série de dispositivos—selecionados e aperfeiçoados através de muitos milhões de anos—de bem administrar e maximizar recursos frequentemente escassos e imprevisíveis. Muitos, porém, esqueceram-se desses PRINCÍPIOS, descambando facilmente para o CONSUMISMO, talvez o maior dos males na nossa relação com o planeta que nos deu origem. Não há contradição maior do que defender o planeta, etc. e, ao mesmo tempo viver de forma consumista. Com esse tipo de mentalidade, não há recursos que bastem…nem gestão que sobreviva. Sendo assim, penso ser hora de começar a gerir bem e criteriosamente a UFRJ a partir dos recursos disponíveis. Há, sim, a possibilidade de muito melhor aproveitamento do CAMPUS PV, mas a partir de bons PRINCÍPIOS nunca a partir do sacrifício de UNIDADES que cumprem seu dever em relação ao interesse público.
Vice- Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ