Arte e Cultura

REUNIÃO NA S. M. DE URBANISMO! ASSUNTO: DESTINO CAMPUS PV.

(O Vetor EXTERNO de protesto contra o "BOTA ABAIXO" superando o INTERNO)

O monstrengo

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NOTA: A primeira parte do relato é minha. Mais interessante, porém, parece-me as seleção de falas de representantes da sociedade: IAB, Clube de Engenharia e outros. Triste é ver a decepção daquelas pessoas com a UFRJ, como se toda a nossa UNIVERSIDADE estivesse desconsiderando os interesses da cidade que a acolhe e dela se orgulha. Nossa luta contra as aberrações desse projeto supera em muito os interesses pequenos e mesquinhos. Ficamos felizes também em ver que eles reafirmaram teses que temos defendido.
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Em princípio, há que registrar meu incômodo por estar em reunião que discutiria os destinos de um TERR IT&Oacut e;RIO que está sob nossa guarda e uso acadêmico, tendo a certeza de que ninguém da UFRJ, propriamente, falaria pela…UFRJ.
1-Antes de tudo, até as 16:00 a sigla IPUB não foi pronunciada, assim como a expressão “lateralizado&qu ot;.&nbs p;
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2- Encimando tudo, ainda na chegada, lia-se na projeção: “PROJETO DE LEI CRIA ÁREA DE ESPECIAL INTER ESSE FUN CIONAL DA UFRJ” e a palavra “especial tinha ali um significado muito…especial: implicava uma série de “adaptações e contorções” na legislação de maneira a que ela se adaptasse aos desejos de grupos. Está na moda hoje em dia. Não se dão conta de que toda lei é baseada em um PRINCÍPIO. Quem nelas faz “adaptações”, está ferindo…PRINCÍPIOS, quase sempre para o benefício de GRUPOS e em detrimento da sociedade e da cidade.
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3- A expressão “INTERESSE ESPECIAL DA UFRJ” fazia pensar que todo o interesse, originalmente pelo menos, s eria da UFRJ. Todos sabemos que não é assim que as coisas se dão. Quando, entretanto, a coordenadora do projeto fazia sua apresentação, disse a seguinte frase, referindo-se aos “entraves” para a consecução do projeto e se voltando para um seleto grupo sentado à volta de uma mesa: “…E eu conto com a compreensão dos Srs para a necessidade de que tudo isso seja aprovado na UFRJ, CONSUNI…”. Como a linguagem é reveladora (além da corporal, é claro). Pedia a compreensão para a demora que certamente haverá para entregar…o “produto” ou a “encomenda”. Mas…Não era a UFRJ a maior interessada nas negociações? E então, a verdade ficou nua e crua: estão nos rondando como lobos famintos.
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4- E então vieram as imagens. Na área onde o IPUB se construiu (como nossas demais UNIDADES) pelas mãos de m uitas ge rações, havia um retângulo com 3 pequenos prédios (antigos PAVILHÕES DE OBSERVAÇÃO que são tombados) e sobre o restante, um fundo verde com 7000 m2 escrito em cima “ÁREA LIVRE” (cercada de prédios por todos os lados). E eu fiquei pensando no que aquelas palavras significavam. Afinal, “LIVRE” é logo associado a “desimpedido” e então as palavras saltaram da minha boca “Livre?! Mas tem gente prá caramba lá!” (tinha me determinado a não falar). Algumas risadas. Nossa área parecia uma PRAÇA (pelo verde) exatamente no meio de todo o TERRITÓRIO da PV. E então, pensei: será que querem quebrar o IPUB prá fazer uma praça? Pelo menos as árvores ficariam por lá e eu poderia, à sua sombra, um dia cantar com ADONIRAM: “Se o Sr não tá lembrado, dá licença de eu contar…Cada talba que caia doía no coração…”. Não fazia muito sentido. Por fim, pensei “Acho que desistiram de derrubar o IPUB!”. Mas…e o “LIVRE” como entraria ali? Só se for: “LIVRE DA GANÂNCIA DO CAPITAL; aquele que dele escapou de nós.. .”. De novo, a LINGUAGEM os denunciava.
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5- A inclusão do PINEL e de uma cercas em vermelho, que parecia se alongar até o I. PSICOLOGIA, sugere fortemente a lgo que também já antecipáramos: vão tentar nos “devorar” em 2 tempos. Primeiro para cá…depois para lá.
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6- Contradições assinaladas por uma Sra que dizia: “Mas se vs não podem vender os terrenos…!&nb sp;Como as ruas criadas vão implicar logradouros públicos, a UFRJ perderia a posse sobre elas.” SILÊNCIO…seguido de novas falas sobre “adaptações das LEIS”: seriam doações
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Questões levantadas pelos representantes dos CIDADÃOS:”Basta de “leizinhas” para contemplar projetos que são apresentados na correria e que tanto prejuízo causam para a cidade (citou o “monstrengo” do Rio Sul, o Parque Olímpico, o Porto Maravilha e outros). “Aquela área é sensível, fica localizada entre os morros, é área tombada…” 
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IAB: “Se não tem projeto de  uso, não tem como avaliar. O que estamos fazendo aqui? O erro dessa proposta, como já havia sinalizado em reunião anterior sobre o tema, está na origem: uma universidade pública, a maior do país, pede a um banco público voltado para o desenvolvimento, que contrate um consórcio em que está o Banco Pactual que atua com ativos financeiros. O projeto está pautado pelos parâmetros financeiros!!”.
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Coordenadora: “O Termo de Referência tem mais de 200 páginas. Está tudo lá. Acreditem, não há um projeto pronto. Nós ainda não conhecemos o projeto”. Fez o já conhecido discurso de “uma modelagem nova, sem precedentes, e  sobre as contrapartidas (assistência estudantil etc), a falta de investimento por conta da PEC do contingenciamento, que a Universidade não faria nada que prejudicasse a cidade, a ameaça do TCU de desapropriar os terrenos abandonados e ociosos… Os conselheiros ouviram “impassíveis”, alguns, com certo espanto a defesa apaixonada da “Coordenadora do Projeto”.
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CIDADÃ: “Ameaça do TCU? O que a cidade tem com isso? “Questionou com veemência a incompetência, a negligência da UFRJ na administração de seus bens. Falou principalmente do Canecão. Vicente da COPPEAD…levantou-se em “defesa da Universidade”, alteradíssimo, dizendo que ela deveria retirar a acusação gravíssima, porque isso no serviço público era considerado “crime” e ela  não poderia acusar a UFRJ dessa forma…(Fica a pergunta: desde quando acusar de incompetência é CRIME? Pois eu reafirmo: foram e são muito incompetentes)
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CIDADÃ: “Por que a legislação que atende à cidade, não serve para a UFRJ? Sem clareza sobre os impactos não é possível opinar.  Encaminhou a criação de uma Câmara Técnica que inclua o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano da UFRJ e o Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura que não participam da tal comissão. Chegou a dizer que se esses Institutos da UFRJ dessem o aval para a tal Área de Especial Interesse Funcional, aí sim, o projeto teria credibilidade.
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“Clube de Engenharia propôs que seja realizado um grande debate com a sociedade no Clube de Engenharia; a Tainá do Fórum Municipal de Arquitetura e Urbanismo… o debate ficou, principalmente, entre esses conselheiros, os técnicos da Prefeitura da Comissão da UFRJ.
Vice- Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ