Arte e Cultura

“VivaUFRJ”: QUE A REITORA COMANDE AMPLA DISCUSSÃO

(Há que dirigir todo o processo! Fora com os atropelos e espertezas herdados)
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NOTA: “É só andar nos corredores…As caras que v. vê…As cores que v. vê…As roupas que v. vê….Os cabelos que v. vê…” *- da apresentadora, Profa Nadine Borges, em reunião de Decanos e Diretores (29/8/19), tentando justificar sua origem: “melhorar a ASSISTÊNCIA estudantil em função da mudança no perfil dos alunos”. Quando voltávamos, citei essas palavras para o nosso motorista. Não deixava de ser um teste. Sua resposta (em verdade uma pergunta que fez) não direi aqui.
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Todo espertalhão tem pressa. Todo estelionatário (sem fazer inferências e associações diretas) sabe que se não conseguir assinaturas naquele momento; se a vítima eventual tiver um tempo para pensar, a trama se desfará. Aplico o método até na minha prática de gestão. Estão sempre nos procurando com pressa: “aquele é o último dia”; “tudo se perderá se nossa assinatura não for naquela hora”, etc. E assim, somos colocados em situações difíceis . Por outro lado, nenhuma gestão é responsável pelos atos da anterior. Precisa mesmo submetê-los todos a um escrutínio criterioso. Nas várias discussões sobre o tal projeto com a REITORA ela deixou evidente seu incômodo (para dizer o mínimo) com o “prato feito” que lhe foi apresentado. O que dizer, ainda, da verdadeira “tropa de choque” que a envolveu e tenta convencer da “inevitabilidade” da aplicação do projeto tal como foi “servido”? Não há por que se deixar arrastar no turbilhão. Vivemos no TEMPLO DO DEBATE e esses precisam ser travados com profundidade, especialmente quando se tratam de atos de tantas consequências. Não são apenas terrenos que estão em risco, mas BIOGRAFIAS. Muitas delas, dentre nossos colegas, já foram manchadas de forma indelével. Não precisamos de mais algumas.
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A PROVERBIAL INCAPACIDADE DAS ESQUERDAS PARA A GESTÃO
Poucas vezes essa crença encontrou situação tão “exemplar”**. Foi um final de gestão melancólico, comparável ao de “Vilhena de triste memória”***. E é com tristeza que faço essa afirmação. Afinal, participei ativamente de sua eleição e apoiei sua gestão até nos seus momentos mais difíceis. Perdido, porém, seu CENTRO MORAL; arrastados a uma prática que não conhecem, quem pode confiar na sua capacidade de negociar, fazer contas, medir áreas, avaliar os terrenos, etc? Mostraram-se incapazes de defender nossos interesses, especialmente em se tratando de uma prática que não exercitam. Por isso, afirmo sem qualquer medo de errar: ESTAMOS SENDO MUITO PREJUDICADOS, até do ponto de vista pecuniário! Além disso, nada pode justificar o total silêncio dessas pessoas sobre a triste herança deixada para trás. Trata-se de um SILÊNCIO DOS NEM UM POUCO INOCENTES! Quem sabe INGÊNUOS ao ponto da puerilidade? Como não vêm a campo explicitar suas razões? Essa traição à própria história nunca será perdoada.
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TENTANDO ENTENDER OS CAMINHOS DAS MENTES ATÉ A AUTO TRAIÇÃO!
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Em meio à perplexidade e à tristeza (deixando de lado suspeitas de corrupção), o que me resta é tentar compreender por que caminhos violentaram tanto seus próprios valores. Acho que encontrei a “fórmula” (falsa, é claro): desesperados e sem projetos, apegaram-se ao falso discurso de defesa dos mais pobres; da necessidade de “dar uma resposta ao novo perfil de nossos alunos”, etc. Eis que resultou o que havia de mais improvável: o “ABRAÇO entre os muito preocupados com os pobres” e aqueles para quem os pobres não valem nada (BANCOS, empreiteiras, etc.). Quer dizer… valem um discurso para enganar trouxa…enquanto a verdade salta pelos poros…e a linguagem. Foi a fórmula mais tosca e desastrosa de POPULISMO que já vi. Como podem achar que, VARRENDO A UFRJ DA PV vão garantir um bom uso público do espaço? Não percebem que única maneira de garantir um bom uso da P. VERMELHA é a nossa permanência? Mais do que do interesse da UFRJ isso é do interesse da CIDADE e…dos mais pobres. É triste ter que dizer isso a pessoas que chegaram àquele nível de exercício de poder!
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UM TRAPALHÃO VISITANDO O IPUB: DÁ PRÁ RIR…DÁ PRÁ CHORAR!
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Os propagandistas do tal projeto vieram apresentá-lo em MULTIMÍDIA. Avisei que não estaria, pois já sabia bem do que se tratava. Após a apresentação, foi feita uma visita aos nossos serviços. Já na sala de procedimentos mais complexos (ECT inclusive, naturalmente mais cuidada, “asséptica” e organizada) o ilustre visitante se sentiu “inspirado”…para dizer bobagem, como verão. Certamente fazendo algum paralelo com os ambientes nos quais vive (e expressando sua total incapacidade para compreender uma unidade como a nossa), vendo uma pequena mancha de mofo no teto, comentou, apontando: “Vs teriam uma unidade dessas, só que pintada e arrumada…em outro lugar!”. Ao que nosso colega que conduzia a visita respondeu, depois de um silêncio muito expressivo: “Nós estamos falando de coisas muito importantes…”. Apenas essas palavras. O visitante deve ter completado o sentido “…E o Sr vem com essa palhaçada tão mesquinha!”, pois riu desconcertado: “Eu só tava brincando…rá rá rá…”. Outro, com a mesma origem, afirmara antes: “Vs vão ter um IPUB igualzinho…só que um pouco mais prá lá”. Trata-se de uma reincidência específica….quase casos perdidos. Não! Aqui somos educados a nunca desistir das pessoas. Provavelmente, um dia dirão: “Ainda bem que não nos deixaram fazer aquela besteira!”?
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*Escolham a pior sentença. A linguagem sempre termina por expressar as verdades mais profundas das pessoas.
**Não me refiro a incêndios e outros problemas gerados também pelo desinvestimento generalizado. Tampouco ao não terem se apresentado para a própria defesa e julgamento nas eleições e à não condução do processo eleitoral. Tudo isso pode ser perdoado. Já o MÉTODO do ENGANO SISTEMÁTICO; da lenta gestação de um ALEIJÃO a ser oficializado quando mais não estivessem no comando, tudo isso é mais do que ANTI DEMOCRÁTICO, é INDECENTE…no sentido moral.
***Curiosamente, o citado também tentou dar um uso espúrio ao Campus PV: um estacionamento para atender ao IATE CLUBE e outros. Também me insurgi contra ele e, sob a liderança da PROFa MARGARIDA, conseguimos abortar o “projeto”.
Vice- Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ