(Que amor é esse pelo Rio? Apenas um Judas PrErFEITO!)

Márcio Amaral

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Para justificar sua “traição” (segundo suas próprias palavras) a Dilma, e se aproveitando da maré contrária à presidente, Eduardo Paes disse “Se for para defender os interesses do Rio, vou trair quantas vezes for necessário”. Bem, deixando de lado o fato de que quem age em função de PRINCÍPIOS nunca trai a ninguém— a única traição que existe é aos PRINCÍPIOS—ele fez entender que o Rio estaria “ACIMA DE TUDO”. Parodiando os NAZISTAS, mas repetindo a sua imoralidade, isso soava em alemão “Deutsche Über Ales”. Para se ter uma ideia do quanto todo esse “amor” é hipócrita, ele fingiu estar muito triste com a suposta imposição (pelo COI) da construção de campo de golfe em área de proteção ambiental na Barra. E vejam que desculpa esfarrapada aplicou:“O campo de golfe não estava previsto…foi definido uma semana depois da escolha do Rio como cidade sede (Globo.Com, 25/3/15). Pera aí! Então ele não tem nenhum assessor para lhe dizer: “Prefeito! Esse discurso não presta. Se foi assim, então a recusa seria ainda mais justa!”. Isso sim, é uma traição. E ainda diz ter pretensões a se tornar presidente da república! Pois se confessou não conseguir dizer NÃO às invasões e imposições externas!!

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“O golfe não estava na previsão da candidatura do Rio de Janeiro (em 2009). Para mim, parecia natural que fizéssemos o campo nos locais existentes na cidade. O tempo todo era minha preferência. É mentira que o Itanhangá tenha se oferecido para pagar todas as adaptações. Então, CEDI À PRESSÃO e falei que teríamos de fazer no local onde já existia uma licença para construir aqui…” (em área de proteção ambiental, idem). 

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“ME ESFORÇANDO MUITO PARA O GOLFE ACONTECER…”

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Peguem o último rabicho de frase (em negrito) daquela declaração, e surgirá uma confissão! Aquela frase era totalmente desnecessária, mas esclareceu tudo. Os imorais sempre se traem. Cabe a nós “decifrá-los”: um certo “Consórcio” que comanda a Rio se aproveitou das Olimpíadas para viabilizar um projeto antigo de ocupação de uma área de proteção ambiental. TINHAM JÁ A “AUTORIZAÇÃO” (sabe Deus obtida como!), precisando apenas de um “empurrãozinho”….! E vieram as Olimpíadas! Afinal, como o próprio prefeito disse: “Há quem seja contra lucro. O PREFEITO NÃO É! Por isso que fazemos tantas parcerias público-privadas”! (E. Paes, idem, mesmo jornal). Só não vê aqui uma outra confissão, quem não quer. 1-considerando que a Prefeitura não visa nem tem lucro em qualquer empreendimento; 2- quando ele diz que “POR ISSO” faz tantas parcerias (ou seja, em função do lucro); 3- está dizendo que o OBJETIVO das tais parcerias É O LUCRO DA EMPRESAS. Meus amigos! É juntar os dados que as verdades saltam aos olhos. “O gato se esconde, mas o rabo sempre fica de fora”. Dessa vez, foi o “GATO” inteiro. Escaparam-lhe tantos “gatos” que o GATIL ficou vazio.

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Outro “gato” foi dizer que o ITANHANGÁ não aceitou pagar pelas mudanças. Isso, aliás, É MAIS DO QUE ÓBVIO. Por que o faria? Para agradar ao prefeitinho? Ele gosta de lucro, mas quer que os outros gostem de prejuízo. Fala sério! Digam-me o que seria mais simples e barato: pagar as adaptações no ITANHANGÁ ou fazer um novo campo em área de proteção ambiental? Dizer que vai ficar de graça para as contas do município é escárnio e deboche para com nossa inteligência. É mesmo típico de quem gosta muito de lucro, desconhecer os prejuízos intangíveis, não contábeis e permanentes. A questão é sempre a mesma: ELE QUERIA UMA “SOLUÇÃO” QUE JUSTIFICASSE O ASSALTO À ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. Mais um “gato” desses e eu vou “apelar” para uma explicação freudiana: a vontade inconsciente do Prefeito de confessar certas verdades. Para essa história do “gostar de lucro”, vai uma corruptela do “Jumento” de C. Buarque.

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“O prefeito não é/O prefeito não é/O maior malandro da praça…/Será que trabalha de graça?”.

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E tudo isso ficou ainda mais claro nas palavras do representante do COI que aqui esteve (fev/15), Thomas Bach: “…questionado…sobre…o motivo da construção do campo de golfe, já que a cidade contava com dois equipamentos…O alemão teria dito que Paes pressionou pela construção” (ZH Olimpíada, 25/3). E qual foi a desculpa do MAIS QUE PERFEITO hipócrita?
“O que ele falou não é a tradução literal…(de que) eu teria feito pressão para que o campo de golfe fosse construído. O que ele quis dizer é que estou me esforçando muito para o campo de golfe acontecer...”. Não sei em que língua o alemão falou, mas foi de uma IRONIA FINÍSSIMA e nada germânica. “Está se esforçando muito…!”é ótima! Ele também sabe de toda a verdade e não resistiu a fazer a ironia. Sim “O PREFEITO ESTÁ NU!”. E nós precisamos conhecer melhor esse alemão! É um espécime raro.

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PERMITINDO AO M. PÚBLICO INVESTIGAR…..mas só isso!

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E o MP? Bem…o prefeito acaba sempre escorregando nas palavras e confessando as perversões que costuma tentar encobrir com um jogo de cena: “O Ministério Público tem não só o direito mas o dever de investigar. Não conseguiram paralisar a obra. E vamos ajudar no que for necessário”. AJUDAR? Eu pensava que uma investigação do MP não precisasse de “ajudas”, especialmente por parte dos investigados. É fácil imaginar que tipo de “ajuda” seria esse: UMA AJUDA…DE JUDAS! Aliás, quantos mais “BEIJOS DE JUDAS” EDUARDO VAI DAR NO RIO? Alguns poderiam interpretar aquela frase assim: não vamos esconder material ou documentos. Quer dizer: NÃO VAMOS COMETER NENHUM CRIME! Esse pessoal é irresponsável mesmo! Precisava dizer isso? Chamar isso de AJUDA!!! Só mesmo rezando à N. S. da Ajuda! Já o MP….seria esperado que respondesse: “Muito obrigado, mas não precisamos desse tipo de “ajuda”!

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O CÍNICO E O RIDÍCULO

Agora, o CINISMO mais rematado! Disse ele, ainda, que “não haveria incompatibilidade entre ocupação e preservação da área”. A tese até poderia ser correta, dependendo da situação, local, etc. Mas decididamente não se aplica a um projeto de “…de 22 torres de 22 pavimentos…com as torres afastadas umas das outras. ‘A vista é boa para o setor privado, porque valoriza a obra’, explicou Paes” (idem). É mesmo um engraçadinho! Poderia ainda completar com a fala daquele personagem da “Escolinha do Pr. Raimundo”: “E ainda fiz o meu comercial!”. Quando sair da Prefeitura, quem sabe não vai ser corretor de imóveis?! Outro ato cínico foi o deboche contra os que protestavam: “O relatório que foi entregue será disponibilizado na Internet. Espero que o pessoal do acampamento aqui em frente tenha wi-fi”.

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Por fim, poderiam perguntar: “Por que tratá-lo como ridículo, se tem tido tantas vitórias?”. Porque cada vez mais fica evidente ser ele um “boneco” por trás de quem se fazem as maiores sujeiras. VIDE VIGAS! Ou alguém acha que foram batedores de carteira aqueles que as levaram? Se ele fosse um Picciani, cuja trajetória todos conhecem, não sofreria nada com isso. Já Eduardo Paes—que sempre se apresentou como muito moderno; preocupado com a preservação do ambiente e com as bicicletas—não será perdoado. Com o tempo, e quando chegarem ao “buraco 17” do golfe, será no buraco da sua reputação (o último, 18) que essa conta vai cair. E então, até as VIGAS serão consideradas pequenas. O tempo é implacável e as pessoas têm memória, especialmente as dedicadas à preservação do meio ambiente. Ele não percebe ser um joguete na mão de interesses pesadíssimos que têm sua sede fora do Brasil. Deve ser por isso, aliás, que vai tanto a Londres. Fica ainda a pergunta:a que outros tipos de pressão ele costuma ceder? A ele dedico a marchinha abaixo:

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ENGOLFADO NO GOLF!

(Pobres golfinhos, estão perdendo tudo para o “golf”!)

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O Eduardo confessou (Xííí)

Diz que “cedeu”, mas não gostou
Mas foi só prá gente mui amiga
Como no caso em que lhe enfiaram…

Na conta aquelas vigas

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Diz que foi tanta a pressão (Que)

O meio ambiente corrompeu

Agora a sua reputação

Já leva as marcas que o GOLFE DEU

E até a alma o bicho lhe comeu

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Só…….faltou dizer
Que pelo golfe tem um fraco
Tudo é como deve ser
E ninguém arma barraco
Todo mundo é fino
Da espessura de um taco
Caminhando pro destino
Que é cair no seu buraco!