Arte e Cultura

O GLOBO E O PIB: MANIPULANDO DADOS…APOSTANDO CONTRA O BRASIL!

Marcio Amaral
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O GLOBO continua o mesmo, mas chega a impressionar o quanto suas manobras para manipular dados não são atacadas por quem se diz “especialista no tema”, especialmente entre os próprios jornalistas. Ao contrário, são coonestadas por eles. A única explicação possível para isso é MEDO! Será que nossos intelectuais estão vendo aquela rede como uma espécie de MEDUSA transformadora de todos os que para ela olham diretamente em estátuas de sal? Mas vamos tentar demonstrar aquilo que, em um estilo não muito recomendável, comecei por afirmar. É o calor imediato provocado pela leitura das “manipulações explícitas” contra os interesses de nosso país, inclusive dos empresários preocupados com os destinos e interesses do Brasil.
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Comecemos pelas manchetes: “NEM PIBINHO SEGURA JUROS..”; “INFLAÇÃO PREOCUPA MAIS DO QUE CRESCIMENTO PÍFIO” (30/5). Agora vamos aos números! Sempre tomando o PIB como referência, existem várias formas de sua comparação, em vários momentos, de maneira a avaliar o crescimento ou retração da economia de um país. Considerando que o mundo é REDONDO e GIRA; que a incidência do sol varia—assim como o ciclo das chuvas, neve, e tantas outras coisas—e a produção/consumo/serviços também variam no curso de um ano: TODOS NÓS SABEMOS QUE A MELHOR COMPARAÇÃO, PARA SE TER UMA IDÉIA RAZOÁVEL DA EVOLUÇÃO DAS COISAS, É COM MESMOS PERÍODOS DE ANOS PASSADOS. Comparações com meses imediatamente anteriores também têm a sua utilidade, especialmente quando são identificados fatores novos, inesperados e de expressão mais aguda. Mas OGlobo aplica sempre as contas e comparações que mais interessam ao capital internacional (contrariamente aos interesses nacionais) de maneira a fazer passar a sua própria “conclusão” previamente estabelecida. Demonstremos!
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Pois bem, se eu assinalar que, na mesma edição do jornal (30/05) e um tanto perdida em um cipoal de múltiplos ataques e “meias verdades”, está lá a afirmação: “…frente ao primeiro trimestre do ano passado, a expansão (do PIB brasileiro) foi de 1,9%… (pág. 19, final do primeiro prag.) o que diriam os “especialistas”, mas também qualquer mortal que soubesse um mínimo de matemática? “PUXA! ESSE DADO, ANUALIZADO (e considerando os juros cumulativos) VAI DAR UM ‘CRESCIMENTO CHINÊS’…..perto de 8%”*! Delfin Netto disse, certa vez, que “as estatísticas são como os biquinis: mostram tudo, menos o essencial!” Em verdade, nas mãos de gente desonesta, torcidos e distorcidos, eles dizem quase tudo o que os mal intencionados querem; especialmente se forem donos de um jornal como o O GLOBO e estiverem rodeados de uma intelectualidade pusilânime que sonha por uma coluninha eventual em seu jornal e citação de seu nome na coluna “Gente Boa”.
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Mas que comparação foi priorizada pelo Jornal para poder fazer passar suas “meias verdades”? Com o último trimestre de 2012. Assim, chegaram a um aumento de 0,6% no PIB do primeiro trimestre. Mesmo aqui, entretanto, manipularam dados, sempre ajudados por “especialistas”, é claro. Vejam que contas sujas apresentaram, sob a chancela de um certo A. Castellar: 1- os 0,6 no primeiro trimestre de 2013 referiram-se ao trimestre anterior (out. nov. e dez 2012); 2- a estimativa de crescimento pelo governo está entre 3 e 4 % para 2013, em comparação, é claro, com o ano de 2012; 3-“Para Castellar da FGV, será difícil o país crescer no ritmo de 3% (a palavra ritmo foi aplicada indevidamente) projetado pelo governo para este ano. ‘Para isso, os outros três trimestes precisam crescer 1,15% (trimestres não crescem, que eu saiba, salvo quando há um ano bissexto), ou seja, o dobro da velocidade dos 3 primeiros meses do ano, o que é improvável'”.
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O que dizer diante de tantas besteiras, ditas de forma tão pomposa e por gente tão arrogante?! Erraram até na aritmética mais rasteira: 1,15X3=3,45+0,6=4,05 (e não 3)! E quem disse que se podem aplicar essas contas assim, esquecendo-se da acumulação de percentuais anteriores? O que têm a dizer os colegas do Doutor Castellar (na FGV e fora dela) a respeito dessas contas? Que vergonha! Pobre Getúlio Vargas! Aquela Fundação defende tanto o capital internacional que deveria mudar de nome. Quem sabe Carlos Lacerda?! Será que não percebem o mal que faz sua omissão? Certamente dirão que foi problema da edição da matéria. Mas, e se não a desmentirem? Fica a afirmação. Sua desculpa talvez seja: “Não lemos mais Jornal!”. Quem diria que aquele jornal, um dia, já quis parecer sério!
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É bem provável que aquele jornal tenha levado um “puxão de orelhas” das associações empresariais BRASILEIRAS que o sustentam. Somente isso pode explicar seu silêncio diante da criação da ALIANÇA DO PACÍFICO, francamente voltada à divisão da América do Sul e ao abalo de nossa influência regional. Da parte de quem? É difícil imaginar? Das grandes corporações internacionais, muito insatisfeitas com a independência de nosso governo e com a proteção do nosso mercado. Até recentemente, O Globo vivia enaltecendo o México e seu “mercado muito aberto”. Seria demais continuar a atacar o Brasil e sua economia! E o jornal se calou**. Somente Ancelmo Góis, em uma notinha, disse: “Nem somando os investimentos externos (2012) em todos os países da Aliança esses valores chegariam aos pés dos $65 bi investidos aqui”. Aliás, já notaram que, nas relações internacionais, a palavra ALIANÇA vem sempre para o mal?!
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*A bem da verdade, também não seria isso, pois a base de comparação é muito baixa e houve uma prodição/compra de caminhões muito acentuada no primeiro trimestre de 2013.
**Agora, até declarações de “especialistas” o jornal manipula DIRETAMENTE. No dia 01/6, dizia uma de suas manchetes: “Brasil está sem política cambial e perde cada vez mais a credibilidade” (citando Natan Blanche). Já no corpo da matéria se podia ler: “O Brasil está sem política cambial e isso tira a credibilidade“. A frase verdadeiramente utilizada é genérica e seria melhor entendida assim: se continuar, o país perderá credibilidade. Isso ilustra muito a malícia que se instalou nas redações. Todos sabem que a imensa maioria das pessoas julga somente a partir das manchetes. Posso até imaginar a reunião dos “editores”, diante das matérias do dia seguinte, procurando pela forma mais maliciosa de manipular manchetes de maneira a fazer valer seus próprios interesses.

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