Arte e Cultura

PEC 241: TUDO PELOS BANCOS…E CONTRA O POVO!

(A intuição e determinação dos estudantes gerando clareza)

Márcio Amaral, vice-diretor IPUB

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A rapidez com que a polícia "concluiu" ter a morte do estudante Lucas se devido a briga pessoal e por uso de drogas foi irresponsável. Considerando o quanto as instituições de lá estão "aparelhadas" por maçonaria e igrejas fundamentalistas de inspiração forânea... Uma coisa é certa: se o acusado vier a morrer em circunstâncias duvidosas ficará a suspeita de "queima de arquivo"
A rapidez com que a polícia “concluiu” ter a morte do estudante Lucas se devido a briga pessoal e por uso de drogas foi irresponsável. Considerando o quanto as instituições de lá estão “aparelhadas” por maçonaria e igrejas fundamentalistas de inspiração forânea… Uma coisa é certa: se o acusado vier a morrer em circunstâncias duvidosas ficará a suspeita de “queima de arquivo”

Diante da competência com que os intelectuais da área estão demonstrando os enormes prejuízos que as políticas impostas pelos interventores trarão para a população brasileira, não vou “chover no molhado”. Aquilo que não estou vendo ser demonstrado suficientemente é o quanto as medidas de restrição dos gastos públicos vão IMPEDIR A RECUPERAÇÃO DA PRÓPRIA ECONOMIA. Ou seja: o DILEMA que está sendo proposto à sociedade é completamente FALSO. Não duvidemos: o único beneficiado, na situação, há de ser o SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL. E não é necessário ser economista para ter essa certeza. Basta conhecer um pouco da história da pior crise que o CAPITALISMO já produziu (1929) e o quanto, a exemplo de hoje, toda a economia ficou se arrastando por anos, até que F. D. Roosevelt propusesse e aplicasse (1933-37) aquilo que ficou conhecido como “NEW DEAL” ou “NOVO ACORDO”*.

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E que acordo foi aquele? Tinha dois pilares básicos que se mostraram altamente efetivos: 1- fortíssimos INVESTIMENTOS PÚBLICOS, principalmente em obras de infraestrutura; 2-CONTROLE e RESTRIÇÕES seríssimas aos “movimentos” e exploração por parte do CAPITAL. Logo depois de aplicadas, essas medidas libertaram as amarras da pujante economia dos EUA levando o país a se tornar a maior potência mundial na década seguinte (após a derrocada generalizada dos demais no pós-guerra). Tudo isso sem abalar as estruturas e o poder capitalista. Foi o que se perdeu a partir dos anos 1980 e resultou na crise atual que já se arrasta há mais tempo do que a outra. E o que está para ser aprovado hoje no Brasil? Princípios exatamente OPOSTOS, a serem aplicados por um governo de fantoches: 1- restrições seríssimas aos INVESTIMENTOS PÚBLICOS; 2- Total “liberdade” ao CAPITAL para nos explorar a seu gosto. Afinal a “GERÊNCIA” do Brasil está entregue a um representante direto do CAPITAL. Ou alguém tem dúvidas quanto aos principais compromissos de H. MEIRELLES?

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E O QUE DIZEM AS “COMADRES” DA GNEWS?

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Sim! Aquelas “rodinhas de conversas informais” estão cada vez mais se parecendo com um “papo de comadres”. A tese “econômica” principal que abraçam é a da comparação entre ascontas públicas e as das famílias (haja comadres!). Como a comparação já está um tanto desmoralizada, não a enunciam plenamente, mas os princípios continuam os mesmos. Para as nossas casas e para as empresas, sim: durante as crises, há que cortar gastos, aquilo que depende somente de nós. Já a entrada de novos recursos…”não dá prá contar com o ovo dentro da galinha”. Por outro lado (o ESTADO), em uma economia paralisada e sem investimento, como sair do atoleiro? Há que atentar na equação e seus termos. Não é preciso ser economista para entender os textos de Paul Krugman: 1- em situação de crise, TODOS os “empreendedores” se retraem, não investindo coisa alguma; 2- a economia paralisa; 3- tudo aquilo de que qualquer economia precisa é INVESTIMENTO; 4- sendo assim, somente o INVESTIMENTO PÚBLICO pode fazer a economia voltar a girar. ELEMENTAR! Outro elemento importante é o barateamento dos empréstimos, mas até isso só faz piorar na atual situação brasileira.

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S. FINANCEIRO À BEIRA DO COLAPSO E DEPENDENTE DO BRASIL?

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A magnitude da aposta e risco (especialmente por parte do CAPITAL) costuma ser diretamente proporcional ao ganho possível e/ou alívio de um risco ainda maior. Quem duvida de que a APOSTA que estão fazendo por aqui é de alto risco até para eles mesmos? Não foi o FMI quem condenou, recentemente, as políticas de contenção de gastos públicos (de inspiração muito alemã, levando a Europa “patinar”), em função daquela que foi aplicada nos EUA (dinheiro barato e elevação de investimento público), produzindo taxas maiores de crescimento? Não tenhamos dúvidas, o que está em jogo não são: “equilíbrio das contas públicas” ou “ajuste para voltar a crescer”, mas a GARANTIA DE QUE VAMOS CONTINUAR PAGANDO AOS BANCOS COM NOSSO SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS por pelo menos mais 20 anos. E então, fica a forte sugestão: estaria o sistema financeiro tão frágil que poderia entrar em COLAPSO caso o Brasil colocasse algum empecilho à exploração que vem sofrendo? A miséria de nosso povo estaria servindo de FIANÇA ao CAPITAL?

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VER:http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/nenhum-pais-adotou-teto-de-gastos-como-o-da-pec-241/

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PAVOR À AUDITORIA DA DÍVIDA E USO DAS RESERVAS?!

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Que a APOSTA do CAPITAL por aqui é de alto risco, comprovam-no as inúmeras marchas e contramarchas em todo o demorado processo. Preferiam evitar o risco. Chegaram até a aprovar um acordo mantendo DILMA e LULA no “poder”! É bom não esquecer da malograda “APOSTA LEVY”. Qual, então, teria sido o fator decisivo para a “CARTADA FINAL” contra o PT e a nossa democracia? Deu-se em fev/16, curiosamente logo após o PT anunciar (em documento oficial) a defesa do USO DAS RESERVAS ditas internacionais. Por tudo isso, estou convencido de que um eventual anúncio brasileiro de: 1- abertura de AUDITORIA DA DÍVIDA (com suspensão imediata de seu pagamento, por estar sob suspeita); 2- uso de parte das RESERVAS (muito brasileiras) para obras de infra estrutura, além de REATIVAR rapidamente nossa economia, talvez levasse ao COLAPSO o Sistema Financeiro, especialmente sua forma atual de exploração da maior parte do mundo. Seria mesmo um CATACLISMO de grandes proporções. Mas boas renovações costumam se seguir aos cataclismos e incêndios.

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OS ESTUDANTES..AS RUAS…OS PROTESTOS..O SENADO?
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ocupacaoE eis que os estudantes (mais uma vez) tomaram em suas mãos a responsabilidade de não deixar que tudo isso se faça sem enormes protestos. E a estrutura carcomida de poder (até o STF) tremeu e se “mobilizou”. “ESCOLAS SEM PARTIDOS…”!!! Pois se os estudantes estão nos dando lições de brasilidade! E ainda há quem diga que eles não têm condições de julgar pelas próprias cabeças! Bastava comparar a vivacidade e a clareza das palavras da moça de Curitiba com as expressões artificiais de “Suas Excias” para se ter clareza quanto a com quem o futuro está. E então, Renan e muitos dos senadores têm agora uma grande possibilidade de salvar suas biografias. Afinal, logo estarão a pedir votos por aí. Há sim uma possibilidade de que muitos deles se deixem mover por um protesto mais contundente que, cedo ou tarde, virá.

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A MARCHA abaixo foi composta antes dos trágicos acontecimentos em Curitiba. A gravação ficou mais marcial do que a sua concepção. Era a base de que dispúnhamos.

LEVANTE..SÓ COM UM LEVANTE..

(Contra a “PEC DA MALDADE”, o peso da minha mão)
Para Lucas Lopes e Ana Júlia
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LEVANTE, meu Brasil, LEVANTE…
Quem tá nos ensinando são os nossos estudantes..
LEVANTE, meu Brasil, só com um LEVANTE
Nós vamos derrubar a CORJA DE MELIANTES.
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O tal do “berço esplêndido” foi prá nos enganar
Mas a “MENINA-GIGANTE” acabou de levantar.
A nossa dignidade, por agora e doravante,
Quem há de resgatar é a força dos estudantes
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LEVANTE meu Brasil….
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Um governo de bandidos fala em “Escola sem partido”
Mas o que querem mesmo é nossa submissão.
Eu acho bom que parem de “BOSTEJAR” no meu ouvido
É do estudante que tá vindo a nossa melhor lição.

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Contra a PEC DA MALDADE, A FORÇA DA MINHA MÃO
E os estudantes são agora o orgulho da nação. (repetir)
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*Na Revolução Russa não houve acordo algum, de início, pelo menos. O poder do CAPITAL foi simplesmente abolido. Diante da grave crise na produção de alimentos que se seguiu, entretanto, Lênin aplicou também uma espécie de acordo que beneficiou os envolvidos na produção: a “Nova Política Econômica” (1921).

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